A decisão da presidente Dilma de revogar a concessão de cinco aeroportos regionais no estado de São Paulo se caracteriza como uma grande lambança, de acordo com o deputado Vanderlei Macris (SP). O 1º vice-líder do PSDB na Câmara afirma que a petista não tem nenhuma consideração com a crítica situação dos terminais aéreos do país, que operam no limite e representam grande problema.
“Mesmo com a imensa ineficiência dos aeroportos brasileiros, o governo federal faz lambança ao autorizar e, nos dias seguintes, desautorizar a concessão de cinco aeroportos regionais”, critica o tucano. A alegação da Secretaria de Aviação Civil é de que o processo de permissão ainda está em tramitação e, por isso, voltou atrás na decisão de conceder os terminais de cinco cidades no interior paulista à iniciativa privada.
O projeto de concessão dos aeroportos de Jundiaí, Ubatuba, Itanhaém, Bragança Paulista e Campinas, conduzido pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo, estava concluído e sem nenhuma pendência. Ele prevê a exploração, ampliação e manutenção dos terminais com vocação para a aviação executiva e que contribuiriam para desafogar os maiores aeroportos do estado.
A concessão ainda poderia incrementar a economia, com a geração de novos negócios e postos de trabalho. No entanto, a Secretaria de Aviação Civil faz vistas grossas, a mando da presidente Dilma Rousseff, que determinou a revogação da concessão.
“Além dos aeroportos, os portos, as ferrovias e as rodovias clamam por investimentos, que se fazem necessários para que a economia tenha efetivamente um dinamismo e sustentabilidade que não tem hoje”, lembra Macris, ao ressaltar que o governo Dilma nada faz para sanar os problemas nacionais e ainda prefere gastar o dinheiro dos brasileiros lá fora, como no caso do porto de Mariel, em Cuba.
“O que precisamos é que haja efetivamente uma consideração maior com as necessidades do Brasil, como é o caso dos aeroportos de São Paulo, que tinham todos os indicativos e critérios garantidos pela aviação civil do estado e que o governo federal, num passe de mágica, resolve cancelar as autorizações”, alerta.
A presidente é contra a autorização e já havia acordado com o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, a rejeição das concessões, mas, segundo a Secretaria, um erro nos procedimentos internos fez com que o documento fosse assinado e publicado no Diário Oficial. Assim que soube, pela imprensa, Dilma mandou suspender a autorização. Oficialmente, a Secretaria de Aviação Civil disse, em nota, que o processo de autorização ainda está em tramitação, porém inconcluso.
