Repercute na mídia internacional as suspeitas que envolvem a aquisição, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e a investigação em curso sobre o caso. O prejuízo estimado é superior a um bilhão de dólares ao país. Pior: o péssimo negócio teve o aval da presidente Dilma, então presidente do conselho de administração da estatal.
O Bloomberg, um dos principais provedores mundiais de informação para o mercado financeiro, por exemplo, destaca a iniciativa da oposição no Congresso de iniciar uma investigação sobre o negócio, e a explicação da presidente Dilma de que não tinha conhecimento de algumas cláusulas contratuais, ao aprovar o acordo, em 2006, quando presidia o Conselho Administrativo da estatal.
Em declaração ao provedor, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, considerou “um erro imperdoável a presidente ter tomado uma decisão dessa forma, impondo aos contribuintes um prejuízo de mais de 1 bilhão de dólares”. Defensor da CPI, o tucano afirma já existir o número de votos necessários para instalar a comissão no Congresso.
Também o jornal “El País” estampa e suas páginas que recentes escândalos, como a compra de Pasadena e a prisão do ex-diretor e Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, por suposta participação em um esquema de lavagem de dinheiro. A denúncia de pagamento e propina a funcionários da Petrobras pela multinacional holandesa SBM Offshore, que aluga navios-plataformas às empresas do setor petroleiro, turbinam a necessidade de instalação da CPI.
Imbassahy confirmou ao jornal espanhol que a prisão de Costa é “mais um fato relevante, que vai dar muita força no Congresso à criação de uma CPI”. “Acredito que surgirão mais fatos desagradáveis”, acrescentou.
