O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), e o líder da Minoria, deputado federal Domingos Sávio (MG), afirmaram nesta terça-feira (25) que a instalação de uma CPI no Congresso, para apuração das denúncias que envolvem a Petrobras, é uma prova da união entre as oposições e do interesse em buscar transparência na gestão da estatal.
Sávio e Imbassahy participaram de reunião, no Senado, em que parlamentares da oposição debateram estratégias para a criação da CPI.
O encontro contou com a presença do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e com presidentes e outras lideranças de PPS, DEM e Solidariedade. Na reunião, os deputados e senadores anunciaram que vão buscar, de duas formas, a instalação da CPI – ou mista, unindo Senado e Câmara, ou apenas no Senado.
“A reunião foi muito positiva. E deixou claro que nós da oposição estamos unidos e preparados para desempenhar um dos nossos papéis mais importantes – cobrar o governo federal quando constatamos que há algo errado em curso”, afirmou Sávio.
Escândalos
A Petrobras tornou-se um dos assuntos mais debatidos das últimas semanas por conta da descoberta de novos escândalos relacionados à estatal: a aprovação da presidente Dilma Rousseff à compra da refinaria de Pasadena, o suposto pagamento de propinas a funcionários da estatal pela empresa holandesa SBM, o superfaturamento da refinaria de Abreu e Lima (PE) e o lançamento ao mar de plataformas que não estavam aptas para funcionamento.
“A oposição compreende que a Petrobras é essencial para o desenvolvimento do país e, por isso, está unida pela sua defesa. Temos que mobilizar todo o esforço possível na defesa desse patrimônio brasileiro”, acrescentou Sávio.
Imbassahy destacou que a criação da CPI é uma “necessidade” e que o PSDB e os partidos oposicionistas dialogarão com os outros membros do Congresso Nacional. “Exporemos a todos a importância da preservação da Petrobras”, declarou.
Mobilização
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), enfatizou que o apoio à criação de uma CPI sobre a Petrobras é uma questão “que deve ser encarada de forma suprapartidária”.
“A busca por esclarecimentos sobre a Petrobras é uma questão de respeito com o país”, destacou.
Para o presidente do Solidariedade, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), a preservação da Petrobras é também uma questão que atende a outras camadas da população. “Há os prejuízos grandes, que vão para a conta do governo, mas não podemos esquecer das perdas que afetam os pequenos acionistas. Gente que colocou suas economias na empresa e agora vê um importante patrimônio indo para o ralo”, afirmou.