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Em defesa de Covas

Foi publicada na edição de domingo, 30, no jornal O Estado de São Paulo, uma entrevista de Mario Covas Neto na qual sai em defesa do legado de seu pai, o ex-governador Mario Covas. O vereador, assim como toda sua família, sentem-se muito incomodados com a associação do nome de Covas com os escândalos das áreas de energia e trens.

Antes de falar ao repórter Ricardo Galhardo, Mario Covas Neto entregou a ele um artigo próprio no qual tornou público seu ponto de vista sobre a questão. O conteúdo deste você lê a seguir:

“É com indignação que venho acompanhando os meios de comunicação nos últimos meses. Vejo, perplexo, notícias e mais notícias vinculando de forma irresponsável o nome do meu pai, Mario Covas, a um cartel formado por empresas de trens para fraudar o Estado de São Paulo.

Em 30 anos de vida pública, Mario Covas foi deputado federal por três vezes, prefeito de São Paulo, senador e governador reeleito. Toda sua carreira foi marcada honestidade e transparência.

Essa não é a primeira vez que uma rede de mentiras se forma para tentar atingir seu legado. O Dossiê Cayman, famoso em 1998, é um exemplo de como é possível jogar sujo na busca pelo poder. A verdade veio à tona então e – tenho fé – também virá agora.

Por mais doloroso que seja ver meu pai ser acusado e não poder se defender, nada disso me surpreende. Afinal, esse é o método usado por corruptos condenados no jogo político do Brasil de hoje. Alimentam tal discussão para tentar amenizar os próprios escândalos, afirmando que são “todos iguais”. Não são.

Em 1997, meu pai disse: “Político não é tudo igual, não. Eu não sou melhor que ninguém; mas muitos são piores que eu”. Ele poderia perfeitamente ter dito isso hoje, pois continuaria sendo verdade.

Quem não se lembra de como estava o estado de São Paulo antes da gestão Covas? Sucateado. Mas com muito trabalho e transparência na gestão da coisa pública, ele resgatou da lama um estado quebrado, completamente falido, herança de administrações irresponsáveis de governos anteriores.

Em apenas quatro anos e com motivação de fazer a diferença, meu pai realizou uma reforma fiscal exemplar, garantindo o sucesso da implantação do Plano Real. Ao mesmo tempo, propiciou a construção de milhares de casas, dezenas de hospitais, a reestruturação do aparato de segurança pública, uma reforma da educação que levou escolas técnicas e a USP para a periferia da capital, a reestruturação da malha viária do estado e o lançamento do Rodoanel.

Sua competência foi atestada com a reeleição. Um segundo mandato que não chegaria a completar, mas suficiente para deixar inúmeras obras e projetos aos seus sucessores. Se São Paulo hoje respira aliviado, é graças às sementes plantadas lá atrás.

Meu pai, assim como minha família, jamais compactuou com esquemas, cartéis, ou seja lá o que queiram acusar, e chegou a hora de cobrar fatos dos acusadores. Solicito respeitosamente ao Ministério Público, ao CADE e à imprensa que apresentem provas antes de proferir acusações e manchar a honra de um dos políticos mais probos da história da República. O homem que ensinou a todos nós ser possível conciliar política e ética, política e honra, política e mudança.”

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