Osmar Mendonça*
Refundação ou reformulação do PSDB são expressões que indicam uma percepção da militância e do partido do que se passa na sociedade.
Nosso sentimento de mudança traduz uma ansiedade do conjunto da população e da sociedade civil que precisa de um partido político com o perfil do PSDB. Equivocam-se aqueles que veem nesse sentir apenas uma vontade eleitoral. O Brasil encerra uma fase de sua vida política com o fim do governo de Luis Inácio. A capacidade de transformação da sociedade e da estrutura do Estado do PT é, na realidade, menor que seu discurso e não contempla toda a vontade popular. Portanto, a necessidade do PSDB se adequar, veja outra expressão pra dizer a mesma coisa, aos novos tempos, é um reclamo da conjuntura política atual. O segundo turno, a votação significativa em José Serra, a eleição de nossos governadores em Estados de peso na Federação, mostram que nosso partido está em ascensão. O discurso agressivo acompanhado de acusações falsas, dos adversários, não sensibilizou a sociedade.
Concluindo, creio que há uma sintonia entre uma sociedade em transformação e o discurso de mudança do nosso partido.
Nossa nova política é voltada para a sociedade em movimento, por isso nosso discurso deve ser compreendido e assimilado por amplos setores sociais. Hoje esta é uma de nossas fraquezas.
Qual Estado que nós queremos? Qual nossa política em relação aos trabalhadores? Que tipo de Sistema de proteção e inclusão social e produtiva que propomos? E com os Sindicatos e Centrais sindicais?
Que instrumentos o partido precisa para ter um relacionamento constante com a sociedade organizada e setores sociais formadores de opinião? A televisão, os programas eleitorais estão no caminho certo ou precisam de reformulações?
Uma constatação, a representação parlamentar tucana não aparece para a sociedade como grupo unido e afinado. Como resolver isto?