Dilma Rousseff é incapaz de oferecer um pouco de sinceridade e de confiança ao povo brasileiro. Não conseguindo articular um projeto de futuro corre de um canto ao outro do país, inaugurando obras já inauguradas ou ainda em fase de construção e acaba se restringindo a críticas à oposição como se esta fosse culpada de seus insucessos. Não consegue deixar de lançar petardos contra o governo FHC, como se ela e o Lula não houvessem passado 12 anos no governo nos quais se nutriram da herança positiva que receberam. Em todos esses anos nada realizaram que os identificassem como modernizadores e transformadores da situação que encontraram.
Seu governo vai terminar com um crescimento econômico inferior à metade da média dos países emergentes e pobres, que o FMI estima em 5,2%. O desempenho de nosso país é o pior entre os principais países fora do mundo desenvolvido. Dilma encerrará seu mandato – e já vai tarde – com uma expansão média anual de 2% do Produto Interno Bruto, isso se a estimativa de crescimento nesse ano – 1,6% – se realizar, o que já parece hoje impossível. Os dados do primeiro trimestre desse ano ( crescimento de 0,2% ) e a perspectiva dos números de maio, apontam para índice inferior.
Entre 2011 e 2014, considerando o G20, o Brasil está na rabeira: a China com 8% na média anual, a Índia 5,3%, a Turquia 4,3%, a Argentina 3,8%, o México 3,0%, a África do Sul e a Rússia 2,6%. O Brasil só supera alguns países ricos, com alto nível de vida e de renda, como Alemanha, Reino Único, Japão, França e Itália.
Comparando com as principais economias da América Latina, o crescimento médio nesses anos será o menor de todas. Menor que Peru, Bolívia, Equador, Paraguai, Colômbia, Chile, Uruguai, Argentina, México e Venezuela. Que desastre!
Dilma deu de falar pelos cotovelos, todos os dias, sem que a sua fala tivesse nexo ou pudesse expressar de forma crível a esperança de dias melhores. Está pasma com ela mesma e com a sua conturbada e medíocre equipe governamental. Mais perdida que cachorro que caiu do caminhão de mudança.
Em uma de suas últimas performances, ela afirmou que o país vive um “problema seríssimo de expectativa” que está afetando o crescimento econômico. Lula reclama do “péssimo humor dos empresários”. Pois é, esse problema seríssimo é culpa de quem? Eles não têm nada a ver com isso? O mau humor, as expectativas negativas são consequência de uma política econômica desastrosa, não sua causa.
É patético, mas ela pede ao empresariado que confie em uma mudança de clima “quando novembro chegar”. Isto é, após as eleições. Pois ela já antevê a sua derrota, já que são o seu governo, seu partido e suas alianças que estão levando o país ao desalento.
Ela diz “nós fizemos o possível e o impossível”. Aliás, em muitas coisas, ela e eles fizeram o impossível de se imaginar e o impossível de se aceitar. E, o possível para que se repudie suas condutas. Ao citar a inflação faz uma comparação ridícula com o governo FHC: “nos três primeiros anos desse governo a inflação estava acima dos 12% e nos três primeiros do meu acima de 6%”. Esqueceu-se de dizer que nos governos anteriores a FHC vivíamos numa hiperinflação e ela e o Lula pegaram um país estabilizado com uma economia equilibrada – tão equilibrada que eles prometeram, na carta aos brasileiros, antes das eleições que venceram, mantê-la com os mesmos fundamentos.
Não vai deixar saudades!