Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), os pareceres do TCU (Tribuna de Contas da União) que apontam prejuízos de até US$ 873 milhões ou R$ 1,9 bilhão à Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena, reforçam que a presidente Dilma, que deu autorização pessoal para o negócio quando presidia o Conselho de Administração da estatal, continua devendo explicações à sociedade. Segundo ele, a presidente tem tentado desesperadamente mudar de assunto para “tirar o corpo fora” pelo prejuízo bilionário que causou aos brasileiros.
“Os pareceres do TCU confirmam que a Petrobras e os brasileiros tiveram um prejuízo bilionário porque a presidente Dilma autorizou um negócio grande e temerário com base em um simples resumo. E, percebendo que havia feito um mau negócio, nada fez para evitar ou reduzir o prejuízo. Sobre isso, no entanto, a presidente não diz uma palavra. O mínimo que deveria fazer é dar explicações à sociedade”, afirmou.
De acordo com o líder, a presidente tenta desviar o foco da discussão. “O que se vê é a presidente tentando achar pêlo em ovo, criticando ações dos governos tucanos. Tudo para tentar mudar o foco e escapar de dar explicações sobre a gestão danosa e nociva que seu governo fez à Petrobras”, afirmou o tucano.
Ainda segundo ele, “o modelo petista de gestão da Petrobras vem carregado de péssimos indicadores, como a perda monstruosa de valor de mercado da estatal nos últimos três anos, o título de empresa não financeira mais endividada do mundo, e com corrupção diagnosticada e comprovada pela Polícia Federal. A presidente Dilma permitiu que fosse instalado na Petrobras, símbolo do empreendedorismo brasileiro, um verdadeiro condomínio da corrupção”, disse.
De acordo com Imbassahy, em vez de criticar os governos do PSDB, a presidente Dilma deveria agradecer. “A extração dos 500 mil barris/dia na camada de pré-sal, que a presidente fez questão de ressaltar nesta semana para tentar se promover, só foi possível graças ao modelo de concessão, adotado pelo PSDB e criticado por ela. A extração pelo modelo que ela defende, o de partilha, só acontecerá por volta de 2020”, disse.
Ele ressalta também que, entre 1997 e 2002, a produção de petróleo pela Petrobras avançou 122%. Já na gestão Dilma, de 2011 a 2014, a média de crescimento anual é de -0,9%, ou seja, declínio. “Infelizmente, essa produção de 500 mil barris/dia não vem acompanhada da manutenção da produção nos campos mais antigos, fora da área do pré-sal, onde há um declínio preocupante, não em função do esgotamento natural das reservas, mas por conta do gerenciamento equivocado de sondas e plataformas. As paradas técnicas para manutenção dessas estruturas vêm sendo negligenciadas há dez anos, em prejuízo da produção”, afirmou.
Da Liderança do PSDB na Câmara