Encerrada a Copa do Mundo no Brasil, é possível fazer algumas analogias e tirar algumas lições do que aconteceu dentro de campo e o que está acontecendo fora dele. O fraco desempenho da seleção brasileira dentro das quatro linhas despertou no torcedor o desejo de mudanças. Mais do que isso, a necessidade de reformulação, de correção de rumo, de ajustes profundos se quisermos voltar a ser uma seleção vencedora, onde se joga o melhor futebol, o mais competitivo, capaz de fazer frente a qualquer outra seleção sem medo de passar vexame.
A situação que vivemos hoje no esporte que é a paixão nacional do brasileiro muito se assemelha à situação atual da nossa economia. Se dentro de campo o Brasil foi goleado pela Alemanha, fora dele está levando de goleada para a inflação, para o baixo crescimento, para o déficit comercial, para os gargalos estruturais e logísticos.
Assim como no futebol, o Brasil precisa de mudanças, de reformulação total, de correção de rumo, de ajustes profundos para que a economia volte a crescer e o País volte a ser competitivo e tenha condições de fazer frente às grandes potências mundiais.
Diante do fracasso dentro de campo, o governo federal de apressou a oferecer ajuda para modernizar nosso futebol. Antes, deveria fazer a lição de casa e se esforçar para modernizar a nossa economia, que também anda ultrapassada, capenga e fazendo o povo brasileiro sofrer. O futebol é apenas um esporte, uma diversão. A economia, por sua vez, é algo muito mais sério, que influencia diretamente a qualidade de vida de mais de 200 milhões de brasileiros. Diante do fracasso dentro de campo, a CBF vai trocar de treinador na tentativa de resgatar a honra do futebol do Brasil. Não seria o caso de substituirmos também aqueles que dirigem nossa economia para resgatarmos a honra dos brasileiros? A Copa provou que não dá para contarmos com a sorte o tempo todo.