O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), classificou como “escandalosas” as últimas notícias envolvendo a Petrobras e a compra da refinaria de Pasadena, no Texas – o Tribunal de Contas daUnião (TCU) aprovou semana passada relatório do processo que investiga irregularidades na operação, determinando a devolução de mais de US$ 790 milhões aos cofres da estatal.
“Por um lado, temos a assumida atuação político-partidária do ministro da Justiça para tentar engavetar o processo no TCU, inclusive com a participação do ex-presidente Lula”, disse Imbassahy, que entrará na próxima semana com uma representação contra o ministro José Eduardo Cardozo na Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando a apuração de possível prática de improbidade administrativa e outros crimes que tenham sido cometidos por ele no caso.
O líder tucano também enviará requerimento de informações ao Ministério da Justiça para obter mais detalhes da pressão exercida pelo ministro junto ao TCU.
“Por outro lado, mais grave ainda, temos agora a informação de que, estranhamente, o TCU excluiu a presidente Graça Foster da relação de ex-diretores responsabilizados pelo prejuízo causado a partir da compra da refinaria em Pasadena. No seu lugar, o tribunal responsabilizou um ex-diretor que sequer fazia parte da empresa quando foi tomada uma das decisões consideradas irregulares. Na prática, a atual presidente da Petrobrás deveria estar com seus bens indisponíveis, tal qual ocorreu com os demais responsáveis. O que, por si só, já é um escândalo e inviabiliza sua permanência no comando da empresa”, completou.
Antonio Imbassahy também comentou a decisão do TCU, em resposta ao jornal “O Globo”, de que, se o erro for de fato confirmado, apenas uma nova reunião em plenário corrigirá a questão.
“Isso equivale a dizer que a injustiça cometida será mantida até que o TCU se disponha a realizar uma nova sessão plenária. Os bens dos diretores acusados injustamente continuarão bloqueados até quando? Se for de fato apenas um erro material, ele poderia ser corrigido de ofício pelo ministro relator, mandando que seja retificada a decisão anterior”, explicou o líder.