O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) afirmou, nesta quinta-feira (31), que o recorde negativo do superávit primário da economia brasileira é mais um fator que desmente a fama de “boa gestora” da presidente Dilma Rousseff.
“Temos aí outra comprovação de que ela não é uma boa administradora. É o que vemos diariamente em relação à infraestrutura, à solução dos problemas brasileiros e também na condução da economia. Os números deixam isso claro e a população cada vez mais percebe a situação”, declarou.
O desempenho ruim da economia foi divulgado pelo Banco Central nesta quinta. As contas públicas fecharam o mês de junho com prejuízo de R$ 2,1 bilhões, número que derrubou o superávit do primeiro semestre de 2014 para R$ 29,38 bilhões – o pior da história, e mais de 43% menor do que o do ano passado.
Os dados sugerem que o governo terá dificuldade para alcançar a meta do superávit primário para 2014.
Segundo Macris, os números negativos podem ser explicados pelo descompromisso do governo Dilma com a política fiscal: “Há uma grande irresponsabilidade neste setor. A gestão do PT deixou de lado o legado da responsabilidade fiscal, implantado pelo PSDB durante a época de Fernando Henrique, para se preocupar unicamente com a manutenção da estrutura petista no PT”.
O tucano destacou que a situação criada pelo PT cria uma “bomba relógio” na economia brasileira, que tem como principal efeito a diminuição da credibilidade das instituições financeiras nacionais.
Desonerações
Ainda sobre os números apresentados pelo Banco Central, um dos fatores apresentados pelo chefe do Departamento Econômico do banco, Tulio Maciel, foi a política de desonerações implantada pelo governo, que diminuiu a arrecadação do poder público.
Para Vanderlei Macris, a justificativa expõe a fragilidade da tática das desonerações pontuais – criadas pelo governo para estimular alguns setores, como o da indústria automobilística.
“É uma ação que o governo faz sem pensar em um plano, em uma iniciativa concreta para estimular a economia. Sem esse tipo de perspectiva, não há como colher resultados positivos”, ressaltou.