Durante a audiência pública de apresentação da proposta para o trecho denominado Variante Sumaré-Hortolândia do Corredor Metropolitano Noroeste “Vereador Biléo Soares”, realizada pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) nesta sexta-feira, 8 de agosto, a prefeita Cristina Carrara ressaltou a importância da viabilização das obras e melhorias no sistema viário da cidade viabilizadas graças à parceria com o Governo do Estado no projeto – principalmente o novo viaduto sobre a linha férrea e o Ribeirão Quilombo, criando uma nova alternativa de ligação entre o Centro e as demais regiões da cidade.
Cerca de 250 pessoas acompanharam as explicações da EMTU. O trecho em questão vai do Terminal Metropolitano situado no final da Avenida Olívio Franceschini, em Hortolândia, passando pela Avenida José Mancini, em Sumaré, até o futuro Terminal Rodoviário de Sumaré, no início da Avenida da Amizade.
Pela apresentação, ficou claro que o Corredor é planejado prioritariamente para facilitar a vida de quem depende do Transporte Coletivo, mas trará grandes benefícios também para todos os motoristas e ciclistas que trafegam entre as duas cidades, bem como dentro da Região Central de Sumaré.
Além da criação de uma nova avenida de 4,5 quilômetros entre as duas cidades, de seis estações de embarque e desembarque de passageiros, de 7,8 quilômetros de ciclovias, de um viaduto metálico sobre o Ribeirão Quilombo ligando as avenidas José Mancini e da Amizade (projetado para dar maior visibilidade à Estação Ferroviária e à Subestação Elétrica de Rebouças) e de um novo e grandioso Terminal Rodoviário para Sumaré de 12 mil metros quadrados de área construída, no início da Avenida da Amizade, o presidente da EMTU (órgão da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Governo do Estado de São Paulo), Joaquim Lopes, também confirmou as propostas de realizar, como contrapartida a estas obras do Corredor na cidade, dois importantes projetos em Sumaré: um de revitalização de todo o patrimônio ferroviário tombado e outro de criação de um verdadeiro parque ecológico onde hoje fica o degradado Horto Florestal.
“Sumaré já perdeu grandes oportunidade de receber estas importantes obras por causa de pré-conceitos criados junto à população desde 2004, motivados por questões políticas. Os técnicos da cidade não tiveram a oportunidade de buscar, junto com os técnicos da EMTU, a melhor proposta para a população de Sumaré. Agora, o trajeto do Corredor já se consolidou em todas as outras seis cidades envolvidas, que ganharam várias obras importantes, aperfeiçoando tanto o Transporte Coletivo quanto o sistema viário de Campinas, Hortolândia, Monte Mor Nova Odessa, Americana e Santa Bárbara d’Oeste – e Sumaré continua para trás”, comentou a prefeita sumareense.
“Temos que ser realistas: sem essa parceria com a EMTU, a Prefeitura não tem condições de realizar, nem em 20 anos, essas obras tão necessárias ao desenvolvimento da cidade, permitindo a melhoria do Transporte Coletivo e eliminando os congestionamentos diários na entrada da Região Central, fomentando o desenvolvimento econômico do Município e permitindo que as pessoas cheguem mais rápido ao seu destino”, acrescentou Cristina Carrara, que classificou a audiência como “uma importante oportunidade para a cidade, através do Poder Público e da sociedade civil, dar suas contribuições ao projeto e afastar especulações infundadas que giravam em torno da utilização da Avenida Rebouças e do projeto como um todo”.
DETALHES
Durante a apresentação, foi explicado que, dentre as vantagens do trajeto proposto para o trecho Sumaré/Hortolândia, haverá um menor tempo de viagem para os passageiros do Transporte Coletivo Metropolitano e também Urbano (Municipal). No trajeto entre os terminais de Hortolândia e a nova Rodoviária de Sumaré, por exemplo, a economia de tempo dos passageiros será de 31% – o equivalente a 10 minutos a menos de viagem.
Outras vantagens citadas incluem o maior conforto dos passageiros, a menor emissão de poluentes (em virtude do menor trajeto de viagem), a viabilização de uma alternativa ao transporte motorizado (através das ciclovias e ao incentivo à utilização de bicicletas), a melhoria na integração viária entre as cidades (representada pela nova e moderna avenida), e a recuperação tanto do próprio patrimônio histórico, onde poderão ser implantadas ações de Cultura e Lazer e um museu, como da área do Horto Florestal, onde deve ser implantado um parque ecológico metropolitano, com diversos equipamentos para o lazer, a Educação Ambiental e de reflorestamento e preservação de importante parcela dos recursos hídricos da cidade.
A EMTU dá prosseguimento agora às próximas fases do projeto, que incluem a obtenção das autorizações ambientais, acertos com o Ministério Público e autorização para a transposição aérea (viaduto) por sobre o patrimônio ferroviário tombado.