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Ampliar a já elevada carga tributária tornaria ainda mais pesado o saco de maldades pós-eleição

O possível aumento de impostos que a sociedade brasileira pode ter que enfrentar para que o governo possa fechar as contas públicas não é fato isolado e muito menos exceção. Após ser reeleita, Dilma começou a mostrar a face real de sua gestão seu governo, bem diferente do cenário vendido para a população na campanha eleitoral. Logo de cara a taxa básica de juros foi elevada, seguida pela autorização no ajuste no preço dos combustíveis e elevação nas tarifas de energia elétrica. Pelo jeito o pacote de maldades parece não ter fim.

Não é à toa que parlamentares do PSDB vêm falando em estelionato eleitoral ao compararem o discurso mentiroso de campanha com o que os brasileiros vivenciaram a partir do fim da apuração. A realidade maquiada das propagandas de Dilma escondeu até mesmo o desmatamento na Amazônia e o aumento do número de miseráveis no país.

A situação da economia reflete bem a enorme distância entre o falatório de campanha e o dia a dia. A indústria, por exemplo, enfrenta uma crise de competitividade que tem gerado demissões em massa. A balança comercial da indústria de transformação, por exemplo, teve déficit de US$ 49,2 bilhões de janeiro a setembro.

O que dizer da geração de empregos de que tanto falava a então candidata Dilma há cerca de um mês atrás? Depois do inesperado fechamento de 30,3 mil vagas pela economia formal em outubro, conforme mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na sexta-feira (14), a geração de postos no país em 2014 se encaminha para ser a pior desde 1999, quando começa a série histórica disponibilizada pelo Ipea.

Para o PIB, a estimativa de alta neste ano é de apenas 0,21%, segundo o mais recente Boletim Focus do Banco Central. Se confirmada, será a menor expansão desde 2009, quando houve retração de 0,33%. Já a expectativa dos economistas para a inflação deste ano subiu de 6,39% para 6,40% na semana passada. Em 12 meses até outubro, o IPCA somou 6,59% – acima do teto de 6,5%.

Esse quadro é menosprezado pela presidente da República, que não sinalizou nenhuma medida concreta para conter a derrocada econômica, não apresenta um nome para comandar o desacreditado Ministério da Fazenda – ainda sob a gestão de Guido Mantega – e muito menos admite os problemas.

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