Nos 12 meses anteriores a outubro de 2014, os investidores institucionais reduziram em 58% o volume de recursos aplicados na Petrobras. A informação está em reportagem publicada nesta segunda-feira (2) pela Folha de S. Paulo, e é baseada em estudo conduzido pelo economista Rafael Paschoarelli, professor da USP. Para o deputado federal Vanderlei Macris, o dado constata a falta de confiança que a empresa inspira.
“Um investidor quer colocar seu dinheiro em um lugar que dê segurança. E isso está muito distante de acontecer com a Petrobras atualmente. A incompetência, a má gestão e a corrupção que atingem a empresa confirmam que, hoje, investir na Petrobras é um mau negócio”, afirmou o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP).
O tucano destacou que a capacidade de investimentos da própria empresa – o que poderia estimular o mercado financeiro – não para de ser reduzido.
O valor das ações preferenciais da Petrobras chegou a R$ 8,18 na última sexta-feira (30) – em maio de 2008, os papéis custavam R$ 52,51. Já as ordinárias, na comparação entre os mesmos períodos, passaram de R$ 62,30 a R$ 8,04.
CPI
Macris acrescentou que o panorama atual da empresa reforça a necessidade da criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os desvios na estatal. A instalação da nova CPI é uma das prioridades da bancada do PSDB no Congresso Nacional.
“É necessária a nova CPI para fazer o papel de investigação que a comissão chapa-branca não desempenhou no ano passado”, disse o deputado, em referência à comissão controlada pela base governista no Legislativo que concluiu seus trabalhos com um relatório que não indiciava nenhum político e nem a presidente da estatal, Graça Foster.