Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a demissão do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, não o exime de suas responsabilidades e não pode significar um ponto final no assunto.
Na última sexta-feira, Sampaio pediu à Procuradoria da República do Distrito Federal a abertura de inquérito civil contra Traumann para apurar possível prática de improbidade administrativa por conta da elaboração, pela SECOM, dedocumento que evidencia o uso da secretaria para a promoção pessoal da presidente Dilma, bem como para viabilizá-la eleitoralmente.
“É preciso apurar a conduta do agora ex-ministro que, em tese, configura improbidade administrativa ao misturar governo com partido. O PT atua como se o Estado brasileiro fosse sua propriedade e está a sua disposição. São recursos públicos aplicados em favor de interesses partidários. O pedido de demissão não pode ser uma porta para a impunidade”, afirmou Sampaio.
O líder do PSDB ressalta que Traumann é o segundo ministro a deixar a gestão Dilma em menos de 10 dias. O primeiro foi Cid Gomes, da Educação, na semana passada, e até agora, o governo, que tem como lema “Pátria Educadora”, ainda não indicou o substituto.
“A presidente Dilma já tem o preocupante histórico de quedas sucessivas de ministros. Em 2011, foram sete. Hoje, com a crise econômica, política e moral se agravando, vai ser cada vez mais difícil a presidente encontrar quem queira fazer parte do seu governo. Ela tem agora mais um problema, o da falta de peças de reposição”, afirmou Sampaio.
O líder do PSDB disse ainda que a presidente poderia aproveitar essa onda de demissão que, pelas atuais circunstâncias, pode se agravar e começar a fazer a sua parte no ajuste fiscal: reduzir a máquina pública, cortando ministérios e cargos comissionados.
Da Liderança do PSDB na Câmara
