Agora é oficial. A presidente Dilma Rousseff não fará o tradicional pronunciamento em 1º de maio, Dia do Trabalhador, por temer novo panelaço pelo país.
Assessores da petista já vinham recomendando a desistência. Mas a visita do vice Michel Temer a Ribeirão Preto, nesta segunda-feira (27), na qual foi impedido de discursar por causa de manifestações contra o PT e Dilma, contribuíram para que a presidente desistisse do pronunciamento. O Planalto avalia uma comunicação oficial pelas redes sociais.
Para o líder da Minoria e presidente do PSDB-PE, deputado federal Bruno Araújo, a “fuga” da presidente Dilma se deve ao fato de exatamente no 1º de Maio o Congresso estará votando as medidas provisórias de iniciativa do governo que mexem em direitos trabalhistas.
Como Dilma e Lula sempre se valeram da data, na avaliação do tucano, para “vender um país de ilusões”, agora o Brasil está pagando o preço e a presidente, que se apresentou na campanha eleitoral como “coração valente”, fugindo das explicações.
“A presidente Dilma Rousseff fugiu da rede nacional de rádio e televisão nesse primeiro de maio, Dia do Trabalhador. Fugiu porque neste dia o Congresso vai estar votando as medidas provisórias que retiram direitos trabalhistas: seguro-desemprego, criando mais dificuldades, o seguro-defeso e muitos outros elementos. O primeiro de maio sempre foi utilizado por Dilma e Lula para vender um país de ilusões e hoje esse Brasil paga um preço. A Dilma que se dizia ‘coração valente’, fugiu de explicar ao povo brasileiro o porque dessa supressão de direitos trabalhistas”.