Pela primeira vez, desde 2003, o país terá uma inflação de dois dígitos. É o que revela a pesquisa semanal Focus, que o Banco Central (BC) faz com instituições financeiras, divulgada ontem (16/11). A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 9,99% para 10,04%. Isso significa uma forte pressão no preço dos alimentos e do
lcool. O governo deverá aumentar o imposto sobre combustíveis para cobrir parte do rombo das contas públicas. As informações são da matéria publicada hoje no jornal O Globo.
A previsão também piorou bastante para o ano que vem, passando de 6,47% para 6,50%, ou seja, o limite do teto de inflação do BC para o ano. Foi a nona alta seguida da projeção para o índice oficial, que se distancia cada vez mais do centro da meta deste ano: 4,5% com margem de tolerância de dois pontos percentuais.
O economista do Banco Espírito Santo Flávio Serrano acredita que o Banco Central voltará a cortar juros quando a inflação se estabilizar em 2016. “A gente acha que no ano que vem tem flexibilização”, afirmou.
O BC manterá a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Para 2016, a expectativa do mercado é que esse percentual caia para 13,25% ao ano. O cenário continua desfavorável para o brasileiro que terá pela frente forte recessão durante o final deste ano e no decorrer do ano que vem.
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