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¡Viva Argentina! ¡Viva la democracia! ¡Viva la Libertad!

Nos últimos anos, o povo do nosso continente, já historicamente amargurado pelas desigualdades socio-políticas e pela violência, suportou sobre seus ombros o peso de um autoritarismo de novo tipo.
Sua origem era tríplice. De um lado, o centenário desprezo pela liberdade e pela igualdade, cristalizado em séculos de escravidão de indígenas e africanos, para servirem aos sabores econômicos de suas Metrópoles, sempre em conluio com as elites políticas locais. De outro, a tradição caudilhesca que marcou o pós-independência das antigas colônias, agora Repúblicas ou Impérios, novamente em desprezo à cidadania do povo latino-americano, mas desta vez, em conluio também com os fascismos da Europa. Finalmente, caracterizou a cultura política dos últimos 15 anos também a tradição socialista, de desprezo aos direitos políticos e de valorização da violência como ferramenta de desorganização do debate público.
O socialismo do século XXI adquiriu variados tons ao redor do mapa da América do Sul. Em todos, porém, perseguiu opositores, celebrou forças políticas símbolo do atraso, sacrificou a economia ao sucesso comercial de alguns poucos parceiros empresariais. O resultado já se vê também há algum tempo em países como Argentina, Venezuela, Bolívia e Brasil: a corrupção tornou-se sofisticado método de governo, as forças produtivas de suas economias foram marginalizadas até a falência ou ao achaque. Em toda a América Latina marcada pela chaga do bolivarianismo e do socialismo do século XXI, a cidadania não avançou um milímetro sequer.
Mas hoje, em um dos países mais chantageados pela lógica do neoautoritarismo, brilhou um grito de esperança que se faz ouvir em todo o continente, em todo o mundo. A coligação Cambiemos, liderada pelo candidato a Presidente Mauricio Macri, acaba de triunfar vitorisa nas eleições da Nação Argentina.
A vitória de Macri expressa a disposição de o povo argentino lutar para reconquistar sua cidadania e fazer avançar sua nação rumo a uma modernidade de desenvolvimento socio-econômico justo e sustentável. Para além da coragem que tal projeto democrático exige por si mesmo, cada argentino e argentina que hoje depositou seu voto nas urnas o fez em heróica resistência ao verdadeiro terrorismo eleitoral promovido pelas forças conservadoras.
Liderados por Cristina Kirchner e Daniel Scioli, o campo conservador da política argentina mobilizou, além da máquina do governo, uma enxurrada de mentiras e ataques pessoais aos adversários. Não foi o bastante para desmobilizar a vontade e a esperança de toda uma nação por mudanças.
A enorme quantidade de semelhanças que o processo eleitoral argentino apresenta em relação à eleição brasileira de 2014 não pode passar despercebida por todos aqueles que, aqui no Brasil, lutam pela democracia e pela modernização democrática das nossas instituições. Apesar dos resultados diferentes, a vitoriosa luta do povo argentino no dia de hoje nos inspira a continuar lutando.
Nós, do Movimento Ação Popular, desejamos à coligação Cambiemos e a Mauricio Macri que continuem com a coragem de hoje, e que tenham sorte e empenho para recuperar a economia argentina e fazer avançar os direitos humanos e a cidadania.
Hoje, o grito de liberdade de nossos hermanos ecoa até nós, brasileiros, que seguiremos lutando, até que toda a América Latina seja livre!
¡Viva Argentina! ¡Viva la democracia! ¡Viva la Libertad!
Autor: Pedro Vormittag, Secretário de Formação Política e Comunicação da Jpsdb da capital
Co-autor: Marcos Saraiva, Secretário-Geral da JPSDB/SP
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