O líder da Oposição na Câmara, deputado Miguel Haddad, vai protocolar representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra a presidente Dilma Rousseff, o coordenador nacional do MST, Alexandre Conceição, e o secretário de finanças e administração da Contag, Aristides Santos, que durante evento de regularização de propriedades rurais no Palácio do Planalto aproveitaram para incitar a violência como resistência do Governo ao impeachment.
Esse é o terceiro evento seguido em que o Palácio do Planalto abre suas portas para demonstrar força. “É inadmissível que o Governo Dilma utilize a máquina pública para promover palanque de apoio e incitação à violência. O Governo está agindo de forma irresponsável e deve responder por isso”, justificou Miguel Haddad.
Sem citar nomes, a presidente ressaltou que o Governo não defende a violência, mas enfatizou que é necessário oferecer resistência. “Ela não repreendeu, não coibiu ninguém, portanto ela foi conivente com as declarações do secretário da Contag e do coordenador do MST que incitaram de forma contundente a violência e a resistência pela luta”, rechaçou o líder.
Em seu discurso, Aristides Santos destacou que “a forma de enfrentar a bancada da bala contra o golpe é ocupar as propriedades deles nas bases e no campo. Porque se eles são capazes de incomodar o ministro do Supremo Tribunal Federal nós vamos incomodar também as casas e as fazendas deles.”
Já o coordenador nacional do MST, Alexandre Conceição, chamou o juiz Sérgio Moro de “golpista”. “O juiz Sérgio Moro, esse golpista, prendeu nossos companheiros há três anos sem justificativa. Nós não cometemos crimes, e quem comete crime é o latifúndio e o juiz Sérgio Moro, que faz com a sua caneta maldades contra o povo brasileiro”.
Para o líder da Oposição, as instituições não podem se calar diante de ameaças de violência e desordem. “Se Dilma é irresponsável, nós não somos. Houve incitação ao crime e isso precisa ser coibido com veemência”, afirmou.