Com a ida de José Serra para o ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) do governo Michel Temer, José Aníbal, seu primeiro suplente, está de volta ao Congresso Nacional. Ele tomou posse no Senado nesta terça-feira (17).
Formado em economia, o novo senador paulista tem ampla atuação e experiência política. Exerceu cinco mandatos de deputado federal, liderou a bancada do PSDB na Câmara por quatro vezes, foi duas vezes secretário de Estado em São Paulo. Esteve à frente da pasta de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, entre 1999 e 2011, na gestão Mário Covas, e de Energia, entre 2011 e 2014, durante o governo Geraldo Alckmin. Elegeu-se presidente nacional do PSDB em 2001. No pleito de 2004, foi o vereador mais votado de São Paulo e liderou a bancada tucana na Câmara paulistana. Atualmente, é presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela, centro de estudos e formação política do PSDB.
Diante dos desafios do momento político enfrentado pelo Brasil, Aníbal diz qual deverá ser a postura dos tucanos durante o governo Temer. “O PSDB dará lastro ao governo Temer com base em propostas. É urgente recuperar a credibilidade, os investimentos e os empregos. Manter e aprofundar as investigações em curso, em especial a Lava Jato. Fazer reformas estruturantes. Ampliar os programas sociais. O caminho começa por ter um governo. Com Dilma era um desastre, não tínhamos nada”, afirmou.
Para o senador, o afastamento de Dilma Rousseff se deu pela mobilização da sociedade: “Os brasileiros se mobilizaram durante meses e conseguiram. Dilma foi impedida de continuar governando o Brasil. Aliás, foi impedida de continuar na Presidência, porque governar ela já não fazia há muito tempo. Nós estamos confiantes com o novo governo, que já começou a indicar as reformas que pretende fazer, o ajuste fiscal urgente e, sobretudo, retomar a credibilidade e a confiança para que volte o investimento e o emprego. Temos que trabalhar em sintonia com o desejo da sociedade, que é de mudança das práticas políticas.”