O deputado federal e vice-presidente nacional do PSDB, Carlos Sampaio (SP), disse nesta quarta-feira (27/7) que a decisão do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações sobre possíveis fraudes e lavagem de dinheiro na campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff mostra que os indícios desses crimes são consistentes.
Em resposta a pedido do PSDB, apresentado na ação que apura fraude eleitoral na campanha petista, Mendes recebeu nesta semana ofício da Secretaria Municipal de Finanças de Uberlândia (MG) sobre fiscalização feita na empresa DCO Informática – uma das investigadas na ação -, que recebeu R$ 4,8 milhões da campanha de Dilma, em 2014, para enviar mensagens de WhatsApp.
A secretaria informou ao ministro que a empresa não possui alvará, funcionava com apenas um notebook e um servidor, não tinha identificação na fachada e possuía três funcionários não registrados. Além disso, recebeu os recursos da campanha em apenas quatro dias de outubro daquele ano, o que confirma as suspeitas de lavagem de dinheiro apresentadas pelo PSDB na ação no TSE.
“O valor recebido por essa empresa foi de, aproximadamente, R$ 5 milhões e o valor de capital declarado é de R$ 50 mil. Ou seja, ficou provado que a campanha de Dilma Rousseff em 2014 usou recursos para pagar empresas que não tinham condições de prestar serviços a terceiros”, disse Sampaio, em entrevista à rádio CBN. E continuou: “A partir do momento que o ministro Gilmar Mendes leva adiante, junto aos órgãos de fiscalização, essa denúncia é porque ele viu elementos mais do que razoáveis apresentados pelo PSDB”, disse Sampaio.
*Da assessoria do deputado Carlos Sampaio