Em 1983, enquanto a sociedade lutava pela democracia e pelo fim da ditadura, o país mergulhava em um cenário caótico, com a economia impregnada por uma inflação galopante e por um elevado índice de desemprego. Em maio daquele ano, com o desafio de governar para e com o povo, meu avô Mario Covas tomou posse como prefeito da cidade de São Paulo.
Hoje, 33 anos depois, embora o povo já tenha conquistado o direito de escolher seus representantes por meio do voto direto e a nossa democracia esteja em pleno funcionamento, o cenário econômico está muito parecido com o mencionado acima. Causado por más práticas realizadas nas duas gestões petistas no governo federal, vivemos novamente um cenário preocupante, com a economia desgastada e com altos índices de desemprego.
E, assim como a sociedade foi às ruas na década de 1980 clamando pela democracia, hoje a população vai às ruas, principalmente, por boas práticas na gestão da administração pública e contra a corrupção.
Diante desse cenário, além de futuro vice-prefeito de São Paulo, fui designado pelo prefeito eleito a assumir um papel de extrema importância para a maior cidade do país, o de secretário das prefeituras regionais de São Paulo. E, para ter sucesso na empreitada, estou certo de que um dos pontos fundamentais é o estar sempre em contato com esse clamor das ruas. Devemos, a todo momento, ouvir a população, além de envolver a sociedade civil e os empresários na formulação e na execução de ações inovadoras.
Voltar a ter orgulho da cidade em que moramos também é de extrema importância para a nova gestão. Por isso, teremos tolerância zero com os pichadores, assim deixando a cidade mais agradável e bonita. Também faremos um árduo trabalho com a poda de árvores, com o recapeamento da cidade e contra as enchentes.
Enfim, são inúmeros desafios para a nossa zeladoria e, em todos eles, atuaremos por meio do diálogo, da dedicação ao trabalho voltado principalmente a quem mais precisa e, sem dúvida alguma e do intransigível apreço pela ética, pela transparência e pelas boas práticas na administração pública.
Ou seja, será com ininterrupta dedicação que faremos das prefeituras regionais a central de zeladoria que cuidará da cidade. Mantendo um permanente diálogo, cada prefeita e prefeito regional terá a responsabilidade de resgatar a autoestima e o envolvimento da população para que juntos possamos reconstruir a cidade que todos nós queremos, pois agora é chegada a hora de imprimirmos um novo capítulo na história de São Paulo.