Início Bancada Desburocratização ajudará a gerar empregos, afirma Marini

Desburocratização ajudará a gerar empregos, afirma Marini

Brasília (DF) – Com o objetivo de aumentar a produtividade da economia brasileira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a Receita Federal prepara um programa para reduzir o custo das empresas no pagamento de impostos. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (6), o titular da equipe econômica disse que a medida do governo federal está em desenvolvimento e pretende reduzir de 2.600 horas de trabalho por ano para menos de 600 horas o tempo gasto pelas empresas entre preparar e pagar todo tipo de tributos.

De acordo com Meirelles, o governo vai cumprir uma promessa antiga, a de reduzir o tempo de registro de empresas. Em grandes centros urbanos, como São Paulo, ele apontou que o prazo vai cair de 101 para apenas três dias.

O economista e deputado federal Adérmis Marini (PSDB-SP) avaliou a medida como “muito positiva” e importante no atual momento da economia brasileira, porque o país precisa “urgente” iniciar esse processo de desburocratização.

“Hoje, além de ter que pagar uma alta alíquota de imposto, as empresas gastam muito. E, para cumprir essas obrigações, é demandado muito tempo, funcionários e uma série de recursos. Então, é uma medida muito positiva e acredito que o governo tem que avançar ainda mais na discussão que estamos fazendo com o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que é o relator da reforma tributária na Câmara. Temos que avançar na desburocratização e aliviar as empresas para que elas possam ajudar na geração de emprego e renda para o país”, afirmou.

Na entrevista, o ministro destacou que, depois das reformas estruturais e das ações voltadas para impulsionar o consumo, o governo vai focar nas medidas micro para “aumentar a produtividade da economia, eliminando gargalos e dificuldades para se produzir no país”.

Cenário positivo

Segundo Meirelles, a gestão do presidente Michel Temer enviará neste ano uma reforma trabalhista ao Congresso. Em relação à reforma da Previdência, disse que o ideal é aprová-la no primeiro semestre, mas que, se for no segundo, “funciona”. O ministro ressaltou ainda que o país sairá da recessão no primeiro trimestre e estará crescendo a um ritmo acima de 2% no final de 2017.

Para Adérmis Marini, com a agenda de reformas implantada pelo governo, a queda dos juros e um comportamento melhor para a inflação, o país deve ter um cenário econômico cada vez mais favorável até o fim do ano.

“São agendas muito importantes para o Brasil retomar o crescimento. No caso da reforma previdenciária, temos que trazer uma discussão muito mais ampla para a sociedade. É dessa forma que o país vai gerar emprego e renda. Nosso compromisso na Câmara é trabalhar para que essa agenda seja cumprida. É um acordo do presidente Rodrigo Maia e nós vamos estar lá atuando e fazendo de tudo para que essa agenda seja implementada”, completou.

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