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Mais de 500 pessoas são acolhidas após operação na Nova Luz

Mais de 500 pessoas foram acolhidas após a megaoperação policial ocorrida na madrugada e manhã deste domingo (21) na Nova Luz, no Centro de São Paulo. Cerca de 600 profissionais da Prefeitura e do Governo do Estado estão nas ruas nesta segunda-feira (22) para fazer a triagem, o diagnóstico e o acolhimento dos usuários de drogas que circulavam na região.

Até as 12h desta segunda, 520 pessoas, entre usuários de drogas e pessoas em situação de rua, tinham sido acolhidas no Complexo Prates e no Centro Temporário de Acolhimento (CTA). Deste total, 12 usuários foram internados voluntariamente no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), da Secretaria de Estado da Saúde. Em torno de 600 almoços serão servidos nesta segunda no Complexo Prates.

Cerca de 600 funcionários, entre equipes de assistência social e de saúde da Prefeitura e do Governo do Estado, atuam na região durante toda esta segunda-feira para realizar o atendimento aos usuários de drogas. Uma carreta do Centro de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), com capacidade para atender 80 pessoas ao dia, será instalada até o próximo sábado (27) na região.

A rede pública municipal conta com 276 vagas em leitos psiquiátricos disponíveis para atendimento aos usuários de droga que aceitarem receber tratamento. A rede estadual tem cerca de 3 mil vagas, entre próprias e convênios com entidades.

“A palavra fundamental do Programa Redenção é singularidade, porque não existe uma necessidade única para todas as pessoas. Cada pessoa lá é totalmente diferente, com necessidades diferentes. A nossa ajuda é sempre dada a quem aceita, nada é compulsório”, afirmou o secretário Wilson Pollara (Saúde).

A região da Nova Luz recebeu, também, reforço de segurança, com 15 viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e 7 viaturas da Polícia Militar, com o total de 80 homens. Mais cinco câmeras de monitoramento serão instaladas e quatro ônibus de vigilância passam a circular na região.

“Do ponto de vista físico, a Cracolândia acabou e não volta mais. Aquele eixo da Rua Helvetia, toda aquela região que foi dominada pelo tráfico, por agentes de facções criminosas, acabou, não vai existir mais. Agora, os atendimento aos psicodependentes e o combate ao tráfico de entorpecentes são ações contínuas policial e medicinal”, afirma o prefeito João Doria.

Reurbanização
O processo de urbanização da Nova Luz será composto por um programa de utilização dos espaços públicos, construção de moradias populares e investimentos privados. Será tocado paralelamente com os trabalhos de assistência social e saúde aos dependentes químicos.

Por isso que, neste domingo, além do acolhimento às pessoas, foi iniciada a demolição dos imóveis abandonados que eram usados para o consumo de drogas. Os prédios habitados somente passarão pelo processo após o cadastramento e o atendimento social dos moradores, em trabalho conjunto entre as secretarias estadual e municipal de Habitação.

Após o processo de demolições, serão construídas habitações de interesse social, uma creche, uma escola pública e um CEU. Neste primeiro momento, a região onde haverá as obras será cercada por tapumes e ocupada. A meta é evitar que o movimento de dependentes seja restabelecido na região.

O Departamento de Iluminação Pública (Ilume) e a Secretaria Municipal de Serviços e Obras encontraram muitas ligações clandestinas de luz e telefonia na região e fazem um trabalho na área, em conjunto com a Eletropaulo, para realizar a limpeza e remoção desses fios para restabelecer a energia. Foram instalados pelo Ilume 10 projetores e dois já existentes receberam ajustes. Outros projetores serão colocados nos próximos dias.

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