A Prefeitura de Santo André começou a pagar nesta quinta-feira (25) dívidas com fornecedores que estavam, em alguns casos, há anos sem receber. A iniciativa é fruto de acordos firmados pela Secretaria de Gestão Financeira, com o objetivo de quitar restos a pagar herdados do governo anterior. Quase a totalidade dos fornecedores firmou acordo com a administração e a expectativa da Prefeitura é que as negociações que ainda estão em andamento sejam finalizadas ainda neste mês.
O início do pagamento dos débitos com fornecedores ocorreu muito antes do prazo de análise determinado pelo decreto de congelamento de dívidas, que venceria no mês de julho, graças ao valor economizado com as ações de choque de gestão, como a diminuição de cargos comissionados, devolução de carros oficiais, suspensão das compras e licitações e cancelamento do carnaval.
“Assumimos o governo com R$ 28 mil na conta e mais de R$ 300 milhões em dívidas. Mesmo que esse problema foi criado por gestões anteriores, nós temos o compromisso de devolver aos andreenses o orgulho de viver nessa cidade e essa responsabilidade se tornou nossa. Por isso, agimos com rapidez, mantendo a promessa de pagar em dia os serviços realizados a partir deste ano e analisar, com critério, os contratos de exercícios anteriores”, comentou o prefeito Paulo Serra.
Entre os meses de abril e maio deste ano, a equipe da Secretaria de Gestão Financeira convocou os fornecedores com pagamentos em atraso para acordarem o recebimento destes valores. Nas reuniões, foram apresentadas a possibilidade de parcelamento dos valores, além de prazos para pagamento de acordo com o decreto. Com as negociações, houve a redução de aproximadamente R$ 1,2 milhão do valor total de R$ 312 milhões de dívidas. O processo de pagamento que teve início neste mês poderá se estender até dezembro de 2020, de acordo com valores de cada fornecedor.
“Nós definimos como meta dar um retorno aos fornecedores que, de alguma maneira prestaram um serviço ou venderam um produto e tem o direito de receber por ele. Criamos uma equipe de atendimento com seis colaboradores totalmente voltados para esse objetivo. Como o assunto eram os pagamentos em atraso, os fornecedores demonstraram interesse em receber, além de elogiar o trabalho da nova gestão por conta do respeito a eles e aos prazos acordados”, comentou o Secretário de Gestão Financeira, José Carlos Tonelotti Grecco.
Ao todo, são 742 fornecedores que aguardavam pagamento por seus serviços prestados, sendo 8 deles sem pagamentos desde 2014, 213 desde 2015 e 521 desde 2016. A maior parte das empresas são empreiteiras das áreas de Educação e Obras que executavam construções e manutenções, e empresas de fornecimento de medicamentos na área da Saúde. Deste total, 712 aceitaram a proposta da prefeitura. Trinta empresas que não entraram em acordo ou não retornaram o convite da administração estão sendo convidadas a se apresentar.
Aluguel – Ainda dentro das negociações, a Pasta está tratando separadamente as pendências referentes aos imóveis alugados para a Prefeitura, isso porque faz parte do planejamento da atual gestão diminuir a utilização de espaços locados. A administração tem como objetivo utilizar melhor prédios próprios e assim economizar recursos públicos. No início da atual gestão, o Executivo alugava 54 imóveis para serviços em diversas áreas no valor total de R$ 700 mil por mês. Hoje, a Prefeitura aluga 46 imóveis, no valor total de R$ 535 mil por mês, redução que representa uma economia de quase R$ 2 milhões por ano.