Em entrevista nesta terça-feira (13), o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), defendeu a retomada da discussão sobre a implantação do parlamentarismo no Brasil. Na avaliação do tucano, o sistema evitaria crises políticas como a vivida atualmente pelo Brasil. E desta forma, o partido vai se empenhar nas discussões pela instituição do parlamentarismo no país, uma das principais bandeiras tucanas desde a sua fundação. Para o presidente interino do PSDB, a existência da figura do primeiro-ministro como chefe do governo teria grandes benefícios em relação ao atual sistema presidencialista.
“Hoje, nós estamos reprocessando o PSDB e, nessa linha, nós vamos voltar àquilo que foi parte do nosso programa inicial, que é o parlamentarismo, um sistema político muito mais eficiente do que esse para resolver problemas e impasses políticos, principalmente em relação à presidência da República. Se existe alguma dúvida, algum voto de desconfiança em relação ao presidente, que no caso seria o primeiro-ministro, se substitui sem danos à economia e sem maiores crises políticas”, ressaltou.
Histórico tucano
A luta pela implantação do parlamentarismo no país remonta às origens do partido, em 1988. Naquele ano, a sigla já defendia o sistema em seu manifesto de fundação. Além disso, o tema sempre foi uma das prioridades tucanas, sendo um dos pontos elencados pelo PSDB no ano passado como requisitos básicos para apoiar o governo do presidente Michel Temer. “Devemos criar as bases de um novo sistema político para que possamos voltar a discutir a implementação do parlamentarismo no Brasil”, dizia o documento do partido,