Durante uma série de reuniões políticas, em Brasília, o prefeito da cidade de São Paulo, João Doria (PSDB), que também conversou com o presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (CE), defendeu, nesta quarta-feira (28), a aprovação da Reforma da Previdência e da modernização das leis trabalhistas. Segundo ele, só assim será possível levar adiante o processo de crescimento da economia, estímulo ao emprego e melhoria da qualidade de vida no país. Para o tucano, a situação é de “flagelo” e precisa de solução urgente.
“Eu defendo o Brasil. A nossa defesa é a do Brasil. É a proteção do país e da governabilidade. Os [políticos] que estão no executivo conseguem ter uma visão, talvez, mais profunda, e mais diária, do flagelo de um país que tem 14 milhões de desempregados e 7 milhões de subempregados. Portanto, esse flagelo precisa de atenção”, afirmou Doria.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), reiterou o empenho da bancada na aprovação das reformas. De acordo com ele, sem essas medidas, o risco é de agravamento instabilidade política e social.
“Se essas matérias não forem votadas, isso vai implicar em um problema muito sério de instabilidade política e instabilidade social. Nós vamos trabalhar no sentido de mantermos essa agenda, que nós apresentamos, principalmente, nas reformas que são fundamentais para o Brasil”, disse Tripoli.
Agenda
Na passagem por Brasília, Doria cumpriu uma intensa agenda. Reuniu-se com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de parlamentares do PSDB. Antes, o prefeito participou de um almoço com entidades empresariais, na presença de mais de 250 pessoas.
Questionado sobre o porquê de cumprir agendas fora de São Paulo, Doria justificou que recebe homenagens, convites e aproveita para mostrar a capacidade da capital paulista de atrair investimentos.
“Estou aproveitando para vender São Paulo, um destino para investimento. Aproveito para esclarecer que não são apenas viagens no Brasil, já fiz quatro viagens internacionais na busca para investimentos para os programas de privatização, concessões e PPPs [Parceria Público-Privada] na cidade de São Paulo”, afirmou o prefeito.
Doria reiterou ainda que se sente na obrigação, como prefeito de São Paulo, de prestar esclarecimentos à bancada do PSDB. “Como prefeito do PSDB, tenho a obrigação também de prestar contas à bancada, dialogar com a bancada”, disse ele. “Tenho feito isso constantemente em São Paulo e o líder me convidou para que pudesse vir aqui a Brasília. Para estar aqui, eu não preciso ser candidato a nada, apenas cumprir a minha função como prefeito da cidade de São Paulo”, ressaltou.