O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), afirma que o fortalecimento das relações entre os países que compõem o Mercosul pode impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil e, consequentemente, gerar emprego e renda. Na última sexta-feira (21), o país assumiu a presidência pro-tempore do bloco econômico, função que será exercida até o final do ano. As prioridades serão reforçar a integração regional e ampliar relações externas.
Segundo o deputado, o Mercosul sempre foi um mercado importante para o Brasil, inclusive, para a indústria brasileira que sofreu um impacto negativo com a crise econômica. Para ele, o esforço brasileiro em fortalecer as relações dos estados do bloco pode mudar a realidade do mercado brasileiro.
“Uma incrementação do comércio gera desenvolvimento. O Brasil está com dificuldade, principalmente na indústria que precisa ser revitalizada. O Mercosul sempre foi um mercado importante nesse ponto e o fortalecimento dessas relações pode ajudar na geração de emprego e renda”, destacou.
O tucano afirma que em anos anteriores houve deterioração nas relações dos países do bloco devido a posicionamentos políticos de seus governantes, o agravamento das crises econômicas e, consequentemente, a mudança no mercado. Porém, como destacou, é hora de extinguir as barreiras econômicas existentes para criar um mercado mais competitivo e fazer com que os países cresçam e se desenvolvam. Isso, segundo ele, beneficiará diretamente a população de cada um dos países integrantes do bloco.
Entre as prioridades da presidência brasileira no Mercosul estão a ampliação do diálogo e das negociações para estreitar relações com países da Aliança do Pacífico, buscar parceiros asiáticos e a finalização de acordo com a União Europeia, que poderá impulsionar o PIB brasileiro.
Torres afirma que será um grande avanço para economia brasileira se Mercosul e União Europeia estreitarem a relação. Segundo ele, há algum tempo o bloco tenta se aproximar, porém com a crise econômica mundial, isso foi afetado. “Eu acredito que essa negociação deve continuar, pois será algo benéfico”, defende.
A expectativa do governo é de que, com o acordo, haja maior exportação de produtos nacionais, o que geraria um aumento de 3% a 4% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, o Brasil ampliaria mais o acesso à tecnologia e inovação. “É uma boa iniciativa, nós vamos torcer para dar certo”, reforçou.
DESAFIO
O deputado citou como um dos desafios do Brasil no comando do Mercosul a situação da Venezuela que, atualmente está suspensa do bloco por descumprimento de compromissos de adesão. Entre eles, a livre circulação de mercadorias entre os países do Mercosul e a cláusula democrática. “Atualmente, politicamente, há problemas sérios com a Venezuela, pois ela não se enquadra muito nos padrões de comportamento democrático, e isso também pode acabar afetando o Mercosul. Mas há um esforço grande por parte do governo brasileiro para resolver essa situação”. lembrou o deputado.
* Do Portal do PSDB na Câmara