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Senado debate proposta de Serra sobre adoção de voto distrital misto

Em meio à discussão sobre reforma política na Câmara dos Deputados, o Senado Federal dá andamento a matérias que também propõem mudanças importantes nos sistemas eleitoral e político brasileiros. Uma delas é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que prevê a adoção do voto distrital misto nas eleições proporcionais. Nesse modelo, o eleitor recebe uma cédula dupla e nela registra o voto no candidato de seu respectivo distrito e no partido de sua preferência. A ideia, segundo o tucano, é que o projeto sirva como base para as eleições de 2020. Serra explica quais as vantagens em se adotar esse mecanismo de voto.

“Porque é mais barato, porque aumenta a representatividade dos eleitos. O eleitor vai poder cobrar melhor para o partido e para o eleito. Hoje, se você perguntar aqui nessa roda, ninguém vai lembrar em quem votou para deputado. A minha estatística pessoal é que sempre 70% ou 80% não lembram. Como é que você vai cobrar? Já no distrital misto você cobra. Você tem lá o cara, entendeu? Então, isso aumenta a representatividade do sistema, e é muito mais barato. Quer evitar escândalos financeiros e eleitorais, monte um sistema mais barato. Isso sim ajuda.”

Relator do projeto do tucano na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), Antonio Anastasia (PSDB-MG) é a favor da iniciativa, e acrescentou cinco emendas à proposta. Senador pelo PSDB de Santa Catarina, Dalírio Beber reforça o caráter representativo do modelo proposto por Serra e defendido pelo partido. Para o senador tucano, o candidato deve fazer a diferença por sua atuação no domicílio eleitoral, e não pelo custo de sua campanha.

“O voto distrital misto – e até o distrital em si – é muito importante, porque faz com que as campanhas fiquem mais baratas, uma vez que o candidato disputa a eleição na área onde vive, onde é conhecido. E aí não é o dinheiro que fará a diferença, e sim a própria prática deste candidato com relação às questões da sua respectiva comunidade, do seu respectivo distrito”, afirmou Dalírio Beber.

O projeto de lei do senador José Serra tramita em caráter terminativo na CCJ. Se aprovado, passará a tramitar na Câmara dos Deputados.

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