Por Lucas Sorrillo
Pesquisa publicada por Pós-Doutorando da Paris School of Economics e L’Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales¹ desmascara a fábula petista de distribuição de renda nos governos Lula e Dilma.
Segundo Mac Morgan, o autor, durante os governos do PT, os 10% mais ricos do país capturaram 61% de todo crescimento econômico do Brasil, enquando os 50% mais pobres absorveram apenas 18% dele. Diz também que o 1% de pessoas mais ricas do país hoje recebem 28% de tudo que é produzido aqui, frente a 25% em 2001.
Trocando em miúdos, o lulopetismo, diferentemente do que se propaga, foi o auge do elitismo na política econômica. Ao mesmo tempo que Lula e Dilma diziam defender os mais pobres, o PT implantou no país o capitalismo de compadrio, em que o governo beneficiava os interesses corporativistas de pequenos grupos, todos seus aliados; A relação espúria entre a JBS e o BNDES são o maior exemplo disso.
Nesse período, o BNDES tomava dinheiro no mercado, especialmente nos bancos privados, a juros pornográficos, algo quase sempre entre 13% e 14%, e emprestava aos empresários beneficiados por 6%. Só essa diferença, gerou quase 400 bilhões de reais de prejuízo aos cofres públicos nos últimos 8 anos.
Nunca os bancos lucraram tanto, nunca grandes empresários foram tão beneficiados. O discurso foi o da luta de classes, o nós contra eles, a prática foi a das alianças com o coronelismo populista e grande capital.
Ademais, não se pode esquecer do aparelhamento da máquina pública, que serviu não só para empregar os companheiros e aliados, mas também para saquear o tesouro nacional e abastecer as campanhas políticas daquele campo político.
Com maioria no congresso e cenário internacional favorável, o PT não teve coragem de fazer as reformas que o Brasil precisava, seja na previdência, seja a trabalhista, tributária ou política. O resultado nós sabemos: 14 milhões de desempregados e a maior crise econômica de nossa história.
Agora na oposição, combatem todo tipo de avanço. Antes de esquerda, atualmente o Lulismo se constitui reação do patrimonialismo; se ontem foi vertente do marxismo, hoje tornou-se o ludismo brasileiro.
Lucas Sorrillo é Secretário de Movimento Estudantil da JPSDB e militante do Movimento Ação Popular