O novo presidente da CUT, Vagner Freitas, resolveu se meter a defender os acusados do mensalão, inclusive com ameças abertas ao Supremo Tribunal Federal. Afirma que eles ( a CUT ) podem ir “para as ruas” se entenderem que o julgamento tem cunho pólítico. Ora, desde quando cabe a uma central sindical o papel de julgar os próprios juizes do STF e determinar se esses estão fazendo julgamento político? Podemos ter opiniões pessoais sobre o assunto, opinar e divergir, nunca usar instituições da sociedade civil para se contrapor, eventualmente, às decisões da Suprema Corte.
Aliás esse novo peleguismo, que nasceu com as centrais sindicais, recentemente abastecidas pelo governo federal com dinheiro retirado dos trabalhadores, produziu dirigentes que após o término de seus mandatos viram funcionários públicos com altos salários, em grande parte conselheiros de empresas estatais federais. E, durante os mandatos, fazem o papel que outros já fizeram: colocar o movimento sindical a serviço do poder. É o que faz agora o sr. Vagner Freitas.
Certamente pressionado por seus companheiros de PT, agora deu para trás, certamente alertado de que o que declara pode ter efeito contrário aos interesses dos próprios acusados no processo do mensalão.