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A favor da ética na polícia e na política

Samuel Moreira

Nada mais triste do que ler o artigo de Marco Aurélio de Souza no início de um novo ano, momento em que as pessoas alimentam o melhor de suas qualidades e desejam um futuro edificante e de respeito ao próximo.

Infelizmente, o deputado petista resolveu “presentear” os leitores do Vale com um ataque à honra do governador Geraldo Alckmin, questionando a sua ética.

Para tanto, critica a nomeação do novo comandante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), Salvador Madia. O deputado se esquece que o tenente-coronel tem uma história de defesa da população paulista, já tendo comandado dois batalhões da Polícia Militar, e que sua escolha foi técnica.

Curiosamente, seu artigo não lamenta os casos em que policiais militares são mortos por bandidos fortemente armados. Ao contrário, prefere diminuir o trabalho dos que travam batalhas diárias contra o crime. A lógica do deputado é de que os policiais é que devem ser combatidos e não os bandidos?

Por fim, fala em nome da ética, ao mesmo tempo em que diz não ter interesses partidários nas críticas e ao desdenhar da democracia, afirmando que “ou Alckmin muda suas atitudes, ou deixa o governo”.

Todos sabem que a Rota, que comemorou recentemente 120 anos, é uma instituição temida pelos malfeitores, mas admirada pela população de São Paulo. Ela une o respeito à lei a uma atuação vigorosa e ininterrupta contra os bandidos.

Com o governador Geraldo Alckmin, toda a Polícia Militar recebeu ainda mais investimentos. Os policias tiveram a carreira valorizada, novos equipamentos foram adquiridos, mais 6,1 mil PMs ingressaram no Estado. Com isso, somente a Rota aumentou em 30% as suas ações, com maior apreensão de armas, abordagens e capturas de presos.

Em relação à ética do governador, a população do Vale conhece bem e demonstra a cada eleição o seu apoio e confiança. Dentro das relações republicanas, que têm sido fortificadas nos governos de Geraldo Alckmin e Dilma Rousseff, este tipo de ataque baixo feito pelo deputado petista não deve ter espaço.

Na área do confronto de ideias políticas, o PSDB sempre fará questão de lembrar os seis ministros que saíram por conta de denúncias de corrupção, as omissões em obras de infraestrutura do Governo Federal e os “mensaleiros” que ainda ocupam cargos importantes dentro da máquina pública. No entanto, o ataque à honra não faz parte das críticas aceitáveis.

Esperemos que a opinião do deputado seja específica de um membro do PT e não reflita o pensamento majoritário do partido. A população do Vale merece um 2012 sem baixarias, com as pessoas preocupadas em construir uma sociedade melhor e um debate político mais cordial e civilizado.

 

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