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A Itália em São Paulo

Andrea Matarazzo

A imigração italiana foi fundamental para a construção de São Paulo e, até hoje, marca presença na vida dos paulistanos por meio da arquitetura, da culinária e da vida cultural. Mora no Estado de São Paulo metade dos cerca de 25 milhões de imigrantes italianos e seus descendentes que vivem no Brasil – o segundo país do mundo em população italiana, superado apenas pela própria Itália. Portanto, não é exagero dizer que há um pouco da Itália espalhado por todas as regiões de São Paulo. É possível conhecer parte dessa história em um pequeno roteiro pela cidade.

Vamos imaginar como seria esse passeio pela Itália que existe em São Paulo saindo do Parque do Ibirapuera, onde a história da arte contemporânea se mistura à de um filho de imigrantes italianos. Cicillo Matarazzo, que hoje dá nome ao Pavilhão da Bienal de São Paulo, foi o responsável pela primeira edição do evento, em 1951. Deve-se a ele também a criação do Museu de Arte Moderna (MAM), instalado sob a marquise monumental, bem como o acervo inicial do Museu de Arte Contemporânea (MAC), que em 2012 ocupará o prédio do antigo Detran, projetado por Oscar Niemeyer.

Já no centro de São Paulo, há inúmeras marcas da influência italiana, como o Edifício Matarazzo, uma das maiores construções em mármore travertino do mundo, hoje sede da Prefeitura de São Paulo. Outra edificação que nos remete à Itália fica na Rua São Bento: o edifício Martinelli, primeiro arranha-céu da América Latina, inaugurado em 1929, projetado pelos italianos Giulio Michele e Giuseppe Chiappri.

Chegando ao centro novo, lá está o Edifício Itália, o segundo maior do País em altura e um dos melhores exemplos de arquitetura verticalizada brasileira. Seu Terraço Itália, que oferece aos visitantes uma vista 360 graus da cidade, é um dos principais pontos turísticos paulistanos, assim como o Teatro Municipal, projetado pelos arquitetos italianos Domiziano e Claudio Rossi, do escritório de Ramos de Azevedo.

A história de São Paulo é indissociável da imigração italiana, que deixou marcas fortíssimas, ainda, nos bairros do Brás, Mooca e Belenzinho. Marcas que estão não apenas nos monumentos e edifícios, mas em nosso sotaque e no jeito de ser do paulistano.

 

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