O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, ressaltou, nesta sexta-feira (12/09), que está otimista com o resultado das eleições do próximo dia 5. Aécio afirmou, em São Paulo, que sua candidatura é a única que apresenta propostas claras, exequíveis e coerentes com sua história e valores, além de gente qualificada para executá-las. Ele criticou os ataques pessoais desferidos pela presidente da República à candidata adversária do PSB.
“Estou extremamente otimista. A onda da razão está chegando, e por isso já temos sinais de que começa a haver uma mexida no eleitorado. Acho que vai cada vez ficar mais claro que a proposta consistente, que nos permitirá a superação das gravíssimas dificuldades que o Brasil vai enfrentar, é a nossa”, destacou.
Para Aécio, as candidatas à Presidência da República, Dilma Rousseff, do PT, e Marina Silva, do PSB, não estão preparadas para assumir o Brasil por quatro anos.
“Temos uma candidata que baixou o nível do debate, que é a do PT, e uma outra candidata que não quer o debate, que se ofende simplesmente com a lembrança de que ela militou por mais de 20 anos no PT, esse mesmo partido que ela acusa de fazer a velha política”, afirmou.
Aécio afirmou que está disposto a participar de todas as discussões. “A minha candidatura está pronta para debater todos os temas. Vou continuar fazendo isso, debatendo o Brasil e mostrando que nós temos o projeto mais consistente para fazer a mudança. O Brasil vive hoje uma grande frustração pelo o que foi prometido há quatro anos e não foi entregue. Eu não quero que o Brasil viva, daqui a quatro anos, outras frustrações”, avaliou.
Ataques
Em entrevista coletiva, Aécio disse ser “absolutamente contra” os ataques pessoais a que Dilma e Marina têm recorrido em seus programas no horário eleitoral gratuito. Para ele, o que é essencial em uma eleição dessa importância é a discussão política.
“Eu, inclusive, me solidarizo com a candidata Marina Silva em relação às críticas pessoais que têm sido feitas contra ela, [como a] comparação com outros presidentes que não terminaram seu mandato. Não entro nessa questão pessoal sobre quem financia a candidata do PSB. Mas a discussão política é essencial”, reiterou.
“Eu quero debater propostas. Que elas [Dilma e Marina] briguem entre si. Estou fora dessa briga. O que eu quero é apresentar ao Brasil um projeto de um homem público que tem experiência e enorme preocupação com as outras alternativas que estão aí. Quero repetir: uma perdeu as condições de governabilidade e a outra não apresenta as menores condições de governabilidade. Nós somos a mudança segura que o Brasil anseia”, salientou.
Ação criminosa
O candidato da Coligação Muda Brasil criticou ainda a atuação do PT à frente da Petrobras, que permitiu, “consciente a presidente ou não, que a maior empresa pública brasileira fosse instrumento de uma ação criminosa”.
“Uma organização criminosa se instalou no seio da Petrobras, segundo a Polícia Federal. Esse diretor [Paulo Roberto Costa], que hoje está preso e começa a denunciar para onde ia esse dinheiro, era alguém que convivia com alguma intimidade com o governo como um todo e com ela própria [Dilma Rousseff], como presidente do conselho. Não há como disfarçar e tapar o sol com a peneira. O governo do PT foi, a meu ver, absolutamente leniente com todas essas estruturas que se montaram dentro do Estado brasileiro”, considerou.