Dilma quer diálogo. Com quem e para que?
De nossa parte, alguma vez recusamos qualquer diálogo? O que ela quer? Em uma Democracia o diálogo se dá entre partidos no Congresso Nacional. O governo propõe e lá discutimos. Lá e fora, desde que de forma transparente, não há problema.
Ela quer um plebiscito para a reforma política. Um plebiscito deve fazer uma pergunta precisa, para ser respondida sim ou não. Uma reforma política tem vários itens. Não existe reforma política com um item só. Não seria reforma. O que ela quer perguntar?
Uma reforma política é um conjunto de mudanças que aborda vários aspectos. Ela tem que ser um conjunto homogêneo que forma um todo coerente. Esse todo coerente só pode ser formulado por um projeto de lei, ou inclusive por emendas constitucionais que concluem por novas leis e dispositivos constitucionais. Aí não cabe um plebiscito. É um referendo, previsto na Constituição.
Amanhã vai dizer que nós não quisemos ouvir o povo, duvidam? É mais uma jogada de marketing. Ela continua sendo dirigida pelo João Santana.
Preliminar: tudo tem que ser esclarecido
Tem de haver uma preliminar. A vitória de Dilma é, no mínimo, de legitimidade duvidosa. Antes de propor o diálogo deve responder a várias questões. Onde foi parar o dinheiro desviado da Petrobrás? Ela e o PT usufruíram dele? O desvio foi confessado. Eu disse houve uma confissão, não uma denúncia. É muito diferente. O tesoureiro do partido, João Vaccari, já foi investigado? E o uso dos Correios durante a campanha que foram instrumento de entrega de panfletos de Dilma e deixaram de entregar a correspondência do PSDB? Isso para citar apenas dois casos escandalosos.
Não bastou a campanha terrorista? A cada momento recebemos mais informações de pessoas que votaram sob efeito do terror, como se tivessem uma arma apontada para a cabeça: se não votar na Dilma vai perder o bolsa família; vai perder a inscrição na fila para a casa própria; vai perder o lugar no ProUni; vai perder o financiamento escolar; vai perder este ou aquele benefício que o governo lhe dá. E quer que a tratemos como Madre Tereza de Calcutá? Ora, pois!
Dilma não apenas fez o diabo, como anunciara. Vendeu sua alma a ele.
*Do blog do Goldman