Apresentei na Câmara de Vereadores um projeto tornando lei a Virada Cultural, evento de tamanho sucesso que já entrou para o nosso calendário, esperado com ansiedade por milhões de pessoas todos os anos desde 2005, quando foi criado na gestão de José Serra na Prefeitura.
A Virada é a cara de São Paulo, expressão máxima de uma de suas maiores vocações – valorizar o talento da produção artística na cidade. Seu êxito já me levou a defender incentivos públicos para o fortalecimento da chamada “economia criativa”, com a instalação de empreendimentos culturais em prédios abandonados do Centro, o que também ajuda a recuperar áreas degradadas do bairro.
Pois a Virada Cultural instituída como lei enfatiza ainda mais esta atitude, que reafirma nossa capital como referência cultural e artística do Brasil. Além de tantos shows de artistas consagrados no país inteiro, o evento é um importante foco de atração turística e fomento à economia local.
No ano passado, cerca de quatro milhões de pessoas participaram de 1,2 mil atrações em 250 locais espalhados por bairros e distritos, além do Centro histórico. Mais de 300 mil delas vieram do interior de São Paulo e de outros estados, onde a Virada já se multiplicou, como no Rio de Janeiro, por exemplo.
Meu projeto agora estabelece as obrigações da prefeitura em prover a infraestrutura necessária, como segurança, limpeza, postos médicos, banheiros químicos, fiscalização e outros aspectos, e cria uma Curadoria para preparar tudo três meses antes, com foco na escolha das atrações.
Além disso, estende a possibilidade a eventos menores, as “viradinhas”, promovidas por subprefeituras, que seriam selecionadas ou não para a Virada anual. Isso só aumentaria o número de atividades artísticas em áreas periféricas, garantindo mais segurança e entretenimento aos seus moradores.