O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou nesta terça-feira (21/10), em Goiânia (GO), que vai reagir com a verdade a cada mentira, ataque e ofensa que sofrer por parte da presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e de seu partido, o PT. Aécio afirmou que vencerá as eleições para dar um basta ao desgoverno.
“A cada mentira, a cada ataque, a cada ofensa nós vamos responder com a verdade”, ressaltou Aécio durante ato político ao lado do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que disputa a reeleição, e lideranças políticas da região.
Aécio destacou que sua candidatura representa o desejo de mudança com o apoio de um conjunto de forças políticas. “Eu não sou hoje mais o candidato de um partido político, não sou mais o candidato de uma coligação. Sou o candidato do amplo sentimento de mudança que tomou conta do Brasil”, afirmou.
Em seguida, Aécio acrescentou: “Sou o candidato daqueles que todos os dias se indignam com as denúncias de corrupção que não cessam e com a incapacidade do governo de melhorar seus indicadores sociais, com as obras que jamais terminam e com os sobrepreços que em todas elas têm se transformado na principal marca”.
Baixo nível
Na entrevista coletiva à imprensa, Aécio criticou as agressões durante a campanha eleitoral e da forma como o PT atua. “Essa campanha vai passar para a história como a campanha de mais baixo nível que nós assistimos até aqui pela ação do governo, pelo desespero dos governistas”, disse ele.
O candidato lembrou que há dois dias a imprensa publicou uma reportagem, mostrando que das 22 inserções produzidas pela campanha adversária no segundo turno, 19 mantinham um conteúdo agressivo.
“Isso não é só um desrespeito comigo e com a minha família. É um desrespeito para com os brasileiros que deixaram de ouvir propostas. Eu vou fazer sempre uma campanha propositiva, mas responderei aos ataques no mesmo tom”, afirmou Aécio.
O candidato acrescentou ainda que tem uma história de vida que lhe dá orgulho. “Eu tenho uma vida honrada. Eu me preparei durante 30 anos para estar vivendo esse momento e cada vez mais eu acho essencial a nossa vitória, não para mim, não para meu partido, mas para o Brasil.”
Questionado sobre a possibilidade de escolher Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato lembrou que as gestões petistas buscam no PSDB a qualidade. “Foi exatamente no quadro tucano que o governo do PT encontrou a segurança e a estabilidade para manter os pilares macroeconômicos do governo anterior inalterados”, disse.
Em 2002, Meirelles havia sido eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás e acabou sendo escolhido por Lula para comandar o Banco Central, cargo no qual ficou os oito anos do governo.
Segurança
Aécio reiterou que, durante seu governo, a segurança de fronteiras, visando o combate às drogas e ao tráfico, será uma das prioridades. Ele lembrou que 56.000 pessoas foram assassinadas no Brasil no ano passado por omissão do governo federal.
“Hoje 87% de tudo o que se gasta em segurança pública no Brasil vem dos Estados e uma parcela pequena dos municípios. Apenas 13% vêm da União. Nós vamos investir nas nossas fronteiras, fortalecendo a Polícia Federal, garantindo que as Forças Armadas, também equipadas e valorizadas, sejam parceiras desse controle”, afirmou Aécio.
Para Aécio, é fundamental estabelecer uma ação conjunta de órgãos federais e estaduais que coíba a produção de drogas e de matéria-prima. “Conduzirei pessoalmente, no meu governo, como presidente da República e uma política nacional de segurança que impeça o contingenciamento dos recursos para área”, disse.
Política externa
O candidato criticou o alinhamento ideológico, que marca a gestão petista na condução da política externa. Para ele, esse alinhamento não trouxe benefícios para o país.
“Esse viés ideológico na nossa política externa não trouxe nenhum benefício a nós, talvez impeça uma relação altiva em relação com nossos vizinhos. Não quero conduzir uma política externa para ser gostado pelos outros países. Eu conduzirei uma política externa para o Brasil ser respeitado”, afirmou Aécio.
Aécio lembrou que o Brasil tem ficado fora de vários acordos internacionais, inclusive com países vizinhos, como o Chile, a Colômbia e o Peru. “O Brasil está ficando de fora desse processo, que significa ampliar a capacidade de produzirmos aqui, avançando em novos mercados”, disse ele. “Política externa contemporânea e moderna é negócio. É ampliar mercados para seus produtos, gerando mais renda e mais empregos aqui no Brasil.”