O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, renovou, nesta terça-feira (21/10), em Campo Grande (MS), o compromisso de estabelecer “uma nova e extraordinária parceria” com os governos estaduais para elevar a qualidade de vida e aumentar os investimentos. Aécio reiterou que a ampliação na segurança das fronteiras está entre suas prioridades.
“Só aqui são mais de 1.500 km de fronteiras desguarnecidos, por onde entram as drogas e as armas que vem tirar vidas no Brasil”, ressaltou Aécio ao lado de Reinaldo Azambuja, candidato do PSDB a governador, e da Professora Rosa, que concorre a vice-governadora.
O ato político em Campo Grande (MS) reuniu cerca de 6 mil pessoas, entre eleitores e líderes políticos locais, além de representantes de etnias indígenas. “Vim hoje a Mato Grosso do Sul para dizer que eu vou vencer as eleições e vou tirar o PT do governo federal. Vou libertar os brasileiros desse partido político que tomou conta do Brasil e esqueceu dos brasileiros”, disse ele.
Aécio afirmou que os servidores serão “respeitados e prestigiados” no governo dele. Ele se dirigiu, em especial, aos servidores públicos, aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Correios, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. “Quero garantir a todos os servidores públicos brasileiros e dos bancos oficiais: vocês vão ser respeitados e prestigiados no meu governo”, afirmou Aécio.
Indígenas
Questionado sobre o impasse envolvendo as terras indígenas, Aécio afirmou que, na sua gestão, predominará o respeito. Ele ressaltou que o governo petista se omite. “Há uma omissão clara do governo federal nessa questão, que não haverá no nosso governo”, destacou.
Segundo ele, é preciso ampliar a rede de proteção aos indígenas. “É preciso que nós compreendamos que, além da questão da terra, as comunidades indígenas precisam de apoio social, precisam de saúde e de qualidade, precisam de outro tipo de garantia que permita que eles vivam adequadamente com os seus valores, com as suas tradições, com a sua cultura. Mas do ponto de vista social, também com segurança”, afirmou.
Para o candidato, o apoio aos indígenas deve unir os governos federal e estadual, assim como a Funai e a Embrapa. Segundo Aécio, com o diálogo será possível encontrar solução para os impasses. “Vamos, dialogando, encontrar um caminho que respeite a produção e que permita às comunidades indígenas viver com segurança e com tranqüilidade”, disse.
Mercosul
Questionado sobre o futuro das negociações com o Mercosul – bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela -, Aécio esclareceu que pretende flexibilizar as regras do bloco e se comprometeu em fazer com que o pragmatismo se sobreponha à ideologia, como ocorre atualmente.
“O que nós precisamos é flexibilizar essas regras. O Brasil perdeu uma extraordinária possibilidade de avançar, por exemplo, no acordo com a União Europeia ao longo desses últimos anos que possibilitaria uma rota maior de produtos, inclusive aqui na região, de grãos que poderiam estar sendo vendidos para a União Europeia e não foram porque esse governo optou por um alinhamento ideológico na condução da sua política externa”, afirmou Aécio.
Porém, o candidato reiterou ser fundamental manter as “boas relações” com os países vizinhos. “A política externa é hoje um negócio. Política externa tem que visar o quê? A ampliação de mercados para produtos brasileiros, renda e empregos. Isso não vem acontecendo. O viés ideológico é o que tem prevalecido. Eu quero retornar, permitir que o Brasil resgate a capacidade de ter uma política externa equilibrada como sempre teve, mas pragmática”, disse.
Compromissos
Na presença de lideranças políticas e comunitárias, Aécio reiterou o compromisso de concluir a construção do Hospital do Trauma. “O primeiro compromisso do futuro Ministro da Saúde do nosso governo é vir aqui, Reinaldo [Azambuja], encontrá-lo para que o Hospital do Trauma possa ser concluído, trazendo os benefícios que a população de todo o estado aguarda.”
O candidato também se comprometeu em aumentar os investimentos nas ferrovias e hidrovias no Estado do Mato Grosso do Sul para incentivar a agricultura e a economia da região.