O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem alertado, em discursos no Senado e entrevistas para a imprensa, para a gravidade do processo de dependência política e econômica de estados e municípios em relação ao governo federal. O parlamentar critica a paralisia de matérias essenciais, como a renegociação das dívidas dos estados, a desoneração das empresas estaduais de saneamento (que pagam em impostos quase o mesmo o que investem) e a revisão do vencido marco regulatório sobre a exploração mineral.
“Ao mesmo tempo em que concentra recursos e retarda decisões, o governo federal transfere responsabilidades. Casos como a regulamentação da Emenda 29, em que o governismo obrigou os entes federados a adotarem patamar mínimo de investimentos na saúde, eximindo a União do mesmo dever, ou a adoção, sem a devida contrapartida financeira, de piso salarial para carreiras extensas do funcionalismo, remuneradas de forma preponderante por estados e municípios, são exemplos irrefutáveis”, salientou o senador.