O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, disse nesta terça-feira (12/08), em Teresina (PI), que “uma das propostas centrais” da sua campanha é a adoção de um plano nacional de segurança pública. O programa será coordenado pelo governo federal para combater a criminalidade, o tráfico de drogas e o de armas.
“Não vamos permitir o flagelo da droga continue afetando famílias inteiras Brasil afora, problema que cresce em razão do descontrole das nossas fronteiras. Há também trafico de armas. Não vamos permitir que a União continue omissa nessa questão. No meu governo, a omissão do governo federal na área de segurança será substituída por uma ação ativa com investimento, planejamento e uma profunda reforma do Código Penal”, afirmou o candidato.
Aécio voltou a defender a transformação do Ministério da Justiça no Ministério da Segurança Pública e Justiça, sem o contingenciamento de recursos orçamentários. Também destacou a necessidade de atualização do Código Penal e do Código de Processo Penal, para que a impunidade deixe de conduzir ações de criminalidade.
O candidato observou ainda que o jovem é a maior vítima da violência. “O Brasil vive um verdadeiro genocídio de jovens em todas as nossas regiões, em especial no Nordeste. No ano passado, foram 56 mil assassinatos no Brasil, mais do que todas as guerras juntas ao redor do mundo”, afirmou.
Aécio lembrou que, no país, dos 550 mil profissionais de segurança pública, entre policiais militares e civis, cerca de 15% trabalham em atividades administrativas. “A União tem condição de subsidiar os Estados, pagando funcionários de área administrativa, para que os policiais que fazem esse serviço [hoje] possam ir para as ruas.”
No ato político, Aécio estava acompanhado do governador Zé Filho, que concorre à reeleição; do candidato a vice-governador Silvio Mendes; do presidente do DEM e coordenador da campanha presidencial, senador José Agripino, e do presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força.
Parceria
Aécio Neves defendeu parceria entre União e Estados da federação para atuação articulada. “É absolutamente necessário que cada governo saiba com que pode contar a cada mês para aumentar o seu efetivo, para investir em inteligência, em ações de segurança”, ressaltou ele.
O candidato à Presidência lamentou a discriminação do governo federal em relação ao Piauí, por não ser comandado por um aliado político do PT. Para Aécio, trata-se de uma “ação mesquinha” contra a população piauiense. Ele ressaltou ainda que no governo da Coligação Muda Brasil os Estados serão prestigiados.
“É absolutamente inaceitável a retaliação que o Piauí vem sofrendo hoje. Isso é indigno, não é republicano. O governo federal acha que é dono do dinheiro público. Não existe dinheiro federal, dinheiro estadual e tampouco dinheiro municipal. Existe dinheiro público, que tem que ser transferido para as unidades da federação, independentemente da posição política, do partido político, do governante”, destacou.
Nordeste Forte
O candidato à Presidência anunciou que lançará o programa Nordeste Forte para destinar mais recursos à região e reafirmou o compromisso de manter e ampliar o programa Bolsa Família. O programa Nordeste Forte englobará um conjunto de ações no campo de infraestrutura, de avanços sociais e de investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia. “Queremos que, em dez anos, o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] do Nordeste alcance a média do IDH de todo o Brasil.”
Sobre o Bolsa Família, Aécio Neves disse: “Quero reafirmar que programas de transferência de renda como o Bolsa Família vão continuar no nosso governo, vão ser ainda ampliados, porque queremos incluir outros benefícios que possibilitem a melhoria das condições habitacionais, saneamento, saúde e segurança pública para essas famílias que menos têm”, ressaltou.
Comício
Depois da carreata que durou mais de uma hora e passou por 15 bairros de Teresina, 3.000 pessoas recepcionaram Aécio Neves e os candidatos locais no Parque Lagoa do Norte.
O compositor Lázaro do Piauí compôs música para a campanha do candidato da Coligação Muda Brasil.