O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, reafirmou o compromisso com os trabalhadores brasileiros de garantir aumentos reais para o salário mínimo durante sua gestão e reajustar anualmente a tabela do Imposto de Renda. Durante visita a um canteiro de obras na manhã desta quinta-feira (28/8), em São Paulo, Aécio disse que os aposentados também terão direito a reajustes de seus benefícios e defendeu a necessidade de o Brasil retomar o crescimento econômico e o combate à inflação.
“Estamos aqui hoje para reafirmar nossos compromissos. Em primeiro lugar, com garantia da continuidade do reajuste real do salário mínimo, com o nosso compromisso com o reajuste da tabela do Imposto de Renda, inclusive corrigindo defasagens dos últimos anos”, disse Aécio, acrescentando o compromisso de também dar aumento real às aposentadorias.
Em discurso a centenas de operários da construção civil, Aécio afirmou que a retomada do crescimento econômico é que vai garantir aumentos expressivos dos ganhos dos trabalhadores, já que o índice de reajuste do salário mínimo, por exemplo, leva em conta a inflação anual e o indicador de evolução do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. “Não adianta o governo falar ‘ah, propusemos a política de aumento real do salário mínimo’. Se o país não voltar a crescer, esse reajuste (real) é praticamente zero”, explicou.
Durante a visita, Aécio estava com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que concorre à reeleição, e o candidato ao Senado José Serra. Também participaram o senador Aloysio Nunes (PSDB), vice na chapa presidencial, o deputado federal Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, e o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, além do deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB), presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo.
Aécio foi saudado por líderes sindicais e trabalhadores e reiterou seu compromisso de realizar as mudanças necessárias para fazer o país voltar a crescer. “Não sou candidato à Presidência da República para botar um retrato bonito na parede, até porque o do Dr. Tancredo [Neves] já está lá e honra muito nossa família na grande liderança que ele teve na reconstrução da democracia brasileira. Sou candidato porque não podemos deixar o Brasil por mais quatro anos nas mãos desse grupo político que se esqueceu dos interesses dos trabalhadores e só pensa na manutenção do poder. O PT hoje abandonou o projeto de país para se contentar exclusivamente com o projeto de poder”, afirmou.
Em seu discurso, Alckmin exaltou a capacidade de Aécio e a esperança que seu nome representa. “Aécio é da escola de Juscelino Kubitschek, que foi quem revolucionou empregos, revolucionou a indústria. O nome da esperança é Aécio Neves presidente do Brasil”, disse. Na visita ao canteiro de obras, Aécio e Alckmin tomaram café da manhã com os trabalhadores no refeitório, fizeram fotos e conversaram com os operários. “Eu conhecia o Aécio só pela televisão e já gostava dele. Vou votar nele porque sinto firmeza nas propostas que ele apresenta”, disse a meia-oficial de eletricista Maria de Lourdes Duarte, de 35 anos, que sentou à mesa com o candidato e com Alckmin.
Proposta consistente
Aécio afirmou que sua proposta de governo para o Brasil é a mais consistente entre as principais candidaturas presidenciais. “A primeira delas representa a continuidade disso que está aí, de um governo que fracassou. Fracassou na condução da economia, fracassou na gestão do Estado e fracassou na melhoria dos nossos indicadores sociais. E tem uma outra proposta, que respeito, mas não entendo para onde quer nos levar”, afirmou.
“E a nossa alternativa, que é um caminho seguro, discutido em profundidade com todos os segmentos da vida nacional, com a sociedade brasileira. Que é a mudança mais consistente que o Brasil busca. Porque, para mudar, é muito importante ter ideias e muitos as tem. Mas é importante também pessoas que transformam essas ideias em realidade, em benefícios para as pessoas”, disse.
Diálogo com sindicatos
Aécio foi aplaudido pelos trabalhadores ao falar do programa Mutirão de Oportunidades, destinado a jovens de 18 a 29 anos que abandonaram os estudos. O programa vai pagar uma bolsa de um salário mínimo para aqueles que voltarem à escola para concluir o ensino fundamental ou médio.
Aécio também assumiu compromisso de um diálogo permanente com as centrais sindicais, para discutir questões relacionadas aos interesses dos trabalhadores. “É essencial para nós encontrarmos caminhos que deem ao trabalhador brasileiro a segurança e as expectativas que ele precisa ter. Economia que não cresce, não gera empregos”, afirmou ele.
O candidato explicou que o arrocho na economia atinge em primeiro lugar os trabalhadores, seja pela queda no emprego como pela volta da inflação. “Nós, que acabamos com a inflação lá atrás, temos autoridade para dizer que para nós a inflação é tolerância zero. Reafirmamos nosso compromisso de fazer o Brasil crescer, garantindo os direitos dos trabalhadores”, afirmou.