Em dois atos de campanha, nesta quarta-feira (24/09), em Belo Horizonte (MG), o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, recebeu apoio de líderes sindicais e de representantes dos setores de moda, arte e gastronomia de Minas Gerais.
Aécio reiterou compromissos com os trabalhadores, como manutenção da política de aumento real do salário mínimo, reajuste pela inflação da tabela do Imposto de Renda, geração de empregos e substituição do fator previdenciário por outro mecanismo que não prejudique a remuneração do aposentado.
“A nossa parceria com várias centrais sindicais, com inúmeros sindicatos por todo o Brasil, é a segurança de que os direitos dos trabalhadores serão garantidos”, ressaltou.
Acompanhado por Pimenta da Veiga, candidato ao governo de Minas Gerais, e de Antonio Anastasia, que disputa o Senado, Aécio foi recebido nos dois eventos com palmas e palavras de apoio. Emocionado, manifestou confiança na virada rumo à vitória.
“Estou extremamente animado com essa reta final da campanha, tanto em Minas quanto no Brasil”, afirmou Aécio. “A nossa candidatura é a única que apresenta condições concretas de resgate do crescimento do país. E o crescimento é insumo fundamental para a geração de empregos.”
O presidenciável afirmou que agrega três importantes ingredientes necessários para iniciar um novo tempo no Brasil: experiência, competência e coragem. Ele alertou para o risco de frustração futura na hipótese de a vitória ser de outra candidatura.
“Eu não gostaria de, daqui a quatro anos, lamentarmos uma nova frustração por uma eventual decisão equivocada. Presidência da República não é local para aprendizado. Olha o que aconteceu nesses últimos quatro anos, quando a atual candidata resolveu aprender, governando o Brasil”, afirmou ele.
Superfaturamento
Aécio Neves comentou a conclusão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as obras na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, de que houve superfaturamento e responsabilidade do governo federal. “Todos nós denunciávamos isso, mas éramos taxados de pessimistas”, protestou.
O candidato acrescentou que: “Agora, é o Tribunal de Contas, órgão fundamental à democracia, que o governo tem pressionado de forma muito virulenta nos últimos meses, que diz que há indícios muito claros de superfaturamento em contratos da Refinaria Abreu e Lima”.
Para Aécio, “em qualquer democracia do mundo isso não pode ser aceito de forma passiva e é por isso que eu, há muitos e muitos anos, luto para encerrar esse ciclo de governo do PT para que o Brasil inicie um outro vigoroso, do ponto de vista das nossas instituições, mas também eficiente, no ponto de vista dos resultados para as pessoas.”
O presidenciável afirmou que a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff consolidou a marca do ‘eu não sabia’. Segundo ele, a petista tem “uma visão muito distorcida” das instituições de Estado. Em declaração recente, Dilma sugeriu ter controle sobre o Ministério Público e a Polícia Federal.
“Assisti, há alguns dias, uma manifestação da presidente que dava a entender que o Ministério Público e a Polícia Federal investigam porque o seu governo determina que investiguem. Nada disso. Elas investigam porque é a sua função constitucional. ”Aécio lembrou que “o Estado não pode estar a serviço de um projeto de governo.”
As artes pedem 45
Cerca de 300 representantes dos setores de música, artes plásticas, moda, gastronomia, decoração e artesanato encontraram-se no Museu Inimá de Paula para entregar um manifesto de apoio a Aécio Neves, Pimenta e Anastasia.
“Precisamos avançar defendendo o que é melhor para Minas. Manifestamos o nosso sentimento de que seguir em frente é caminhar com Aécio presidente, Pimenta da Veiga governador e Anastasia senador. Como cidadãos somos testemunhas das transformações ocorridas em todas as áreas”, diz o manifesto.
Atraídos pelo mote “as artes pedem 45”, os profissionais da moda prepararam peças customizadas com o número 45 nas cores amarelo e azul – do PSDB.
Veja os depoimentos:
Henrique Portugal, tecladista da banda Skank
“Ele se posiciona em relação a tanta coisa, escolhe o time de futebol, a religião, a sua opção sexual e tem vergonha de se posicionar politicamente. O Brasil está desse jeito exatamente por causa disso. Você tem de achar o seu candidato, se identificar com o que ele fala e com o que ele já realizou. O grande diferencial do Aécio é o currículo. Olha o que cada um já fez. É só comparar.” Ele recomendou ao eleitor que “olhe os números, veja o que cada um já fez”.
Claudia Mourão, empresária do setor de calçados
“A moda veste 45, a arte está com o 45. Então isso é mais uma confirmação do nosso ideal e da nossa confiança nos três candidatos”.
Alfredo Brandão – presidente do Sindicato dos Bancários
“Lula e Dilma não respeitaram os movimentos sindicais em todos esses anos. Queremos manter o artigo oitavo da Constituição Federal, que assegura o princípio da unicidade sindical, o principio confederativo, revogados por portarias e resoluções. Será um crime elegermos o PT que tanto nos prejudicou, com corrupção a todo momento, inflação desenfreada e custo de vida elevado. Por isso, estamos empenhados na candidatura de Aécio.”
Rogério Fernandes – presidente da executiva nacional da Força Sindical em Minas
“Hoje, estamos reforçando aquilo que é importante para o Brasil. Um dos temas abordados foi a qualificação profissional, pois vemos repetidamente propagandas enganosas sobre programas de qualificação do Governo Federal. Não adianta qualificar se não gerarmos emprego, pois atualmente o Brasil não tem postos de trabalhos suficientes. Juntos com Aécio, vamos encarar esta realidade. O PT deixou o país estagnado, sem geração de emprego e renda, inflação batendo à porta, Produto Interno Bruto (PIB) a zero.”
Nilson Simões de Moura (Alemão) – vice-presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
“Hoje, nossa preocupação é a política atual e este quadro de recessão. A Confederação Nacional das Indústrias anunciou a demissão de mais 100 mil trabalhadores na indústria, isto é grave. Vemos muitas indústrias demitindo em todos os segmentos, o comércio que deveria estar recrutando neste momento não está. Estamos caminhando para um período difícil para o povo brasileiro com recessão, inflação e desemprego. O PT afundou o país. A única saída para nós é elegermos Aécio Neves, virar em Minas e no país inteiro”, avaliou.
José Cloves Rodrigues – presidente do Sindicato dos Empresários no Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana
“A expectativa que o trabalhador tem hoje é de melhorar a situação, de salário, de condições de trabalho. A gente entende que Aécio, Pimenta da Veiga e Anastasia têm esse compromisso com os trabalhadores. O que aflige mais os trabalhadores hoje é a necessidade de um piso salarial regional em Minas, redução da jornada de trabalho e o fator previdenciário, que o Aécio, inclusive, já se comprometeu a avaliar. O movimento sindical foi muito desvalorizado durante o governo do PT. As categorias organizadas não estão sendo contempladas pelo governo, que priorizou alguns segmentos e não está abrindo espaço para os outros. Seria importante que todos fossem contemplados nessas discussões.”
Eduardo Rocha – economista-chefe da União Geral dos Trabalhadores.
“Aécio apresenta propostas que garantem crescimento econômico sustentável, maior inserção da economia brasileira no mercado mundial e, ao mesmo tempo, a retomada dos investimentos públicos e privados para o crescimento econômico e empregos de qualidade e, evidentemente, seu compromisso com a democracia e com as instituições republicanas e estas razões nos trazem aqui hoje.”