Governador teve três reuniões no Distrito Federal com entidades e grupos ligados ao setor, que tem sido responsável pela recuperação da economia e criação de empregos.
O governador Geraldo Alckmin cumpriu agenda em Brasília nesta terça-feira (12/9), para discutir medidas de melhorias para o desenvolvimento do agronegócio que beneficiem o Brasil e o Estado de São Paulo. Ele participou da reunião do Conselho do Instituto Pensar Agro (IPA), em seguida teve encontro com o comitê de Agroenergia da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e, por fim, participou também de almoço-reunião promovido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Além das iniciativas para aperfeiçoar a infraestrutura e logística, o governador defendeu uma reforma da Previdência que acabe com privilégios.
Alckmin sustentou uma ação governamental de apoio ao agronegócio por meio da melhoria da infraestrutura de logística, que permita o transporte seguro e de baixo custo para insumos e a produção agrícola. “Infraestrutura é solução e é emprego” afirmou o governador na reunião da FPA, que reúne 43 entidades do setor. Em São Paulo, o Estado tem apostado no aperfeiçoamento dos programas de concessão para garantir investimentos em infraestrutura por meio da iniciativa privada. No caso da agricultura, os maiores benefícios têm vindo da concessão de estradas, que promovem o aprimoramento da malha viária sem onerar os cofres públicos.
O govenador também ressaltou os investimentos que estão sendo feitos na hidrovia Tietê-Paraná. Com investimento de R$ 203 milhões, o Governo de São Paulo está ampliando e desassoreando do canal Nova Avanhandava, o que vai resolver um gargalo na passagem de embarcações e beneficiará todo o centro-sul do País, em especial Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
Alckmin ouviu dos participantes a necessidade de implantação do seguro de renda, que já existe em São Paulo; de um plano plurianual que auxilie no planejamento do setor a médio prazo; melhorias na logística de armazenamento; investimentos nas atividades de pesquisa e extensão; desburocratização dos processos de licenciamento ambiental. Além disso, declarou-se favorável à redução da alíquota interestadual para produtos agrícolas, para estimular a circulação interna.
Para o governador, a reforma da Previdência é urgente, bem como a redução do déficit dos gastos públicos da União, o que compromete a capacidade de investimento governamental na infraestrutura necessária ao crescimento. “O Brasil é pior do que ser desigual, é profundamente injusto. A reforma da Previdência que está proposta exclui várias categorias e deixa quem recebe salário mínimo pagar a conta. É claro que a população está contra”, afirmou.
Já na reunião da ABAG, o governador defendeu o RenovaBio, a fim de ampliar a participação de biocombustíveis na matriz energética brasileira.
O agronegócio tem sido essencial para a retomada do crescimento da economia brasileira e a recuperação do emprego. Dados do CAGED, do Ministério do Trabalho e Emprego, apontam que a agropecuária teve saldo positivo de 117 mil empregos gerados de janeiro a junho no País, contra saldo geral de 67 mil considerando todos os setores (alguns tiveram saldo negativo). Em São Paulo, do saldo total positivo de 61 mil empregos gerados no mesmo período em 2017, 49 mil foram no setor da agropecuária. Segundo a FPA, o campo responde por 23% do Produto Interno Bruto Brasileiro.