Início Bancada Aloysio: “A Lava Jato não pode ser parada”

Aloysio: “A Lava Jato não pode ser parada”

Brasília – “A Lava Jato não pode ser parada. Para parar a Lava Jato seria preciso fazer uma enorme combinação, muito além dos senadores que foram grampeados. Seria preciso envolver todos os ministros da STF, porque não basta o Teori Zavascki, encarregado especificamente da Lava Jato”. Foi assim que o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) se manifestou ao falar sobre a operação da Polícia Federal na tribuna do Senado nesta segunda-feira (30).

O paulista reafirmou sua certeza de que o trabalho da PF prosseguirá normalmente, “como um trem a 300 km por hora”. Ele acrescentou que um acordo para conter a Lava Jato envolveria os procuradores da PF, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, além do juiz Sérgio Moro e a imprensa.

“Os senhores acham que uma história dessas ficam de pé, que alguém pode acreditar num conto da carochinha desses? Obviamente, não!”, frisou Aloysio Nunes.

O parlamentar lembrou ainda a resolução publicada neste mês pelo Partido dos Trabalhadores (PT). No documento, a legenda havia registrado arrependimento por não ter posto freio na “conspiração reacionária da Polícia Federal e do Ministério Público Federa”l.

“Ou seja, [os petistas] batem no peito não para se dizerem arrependidos daquilo que fizeram de ruim para o país, mas batem no peito por não terem conseguido –
felizmente, não conseguiram – barrar as investigações, que vão prosseguir para o bem do nosso país”, disse o tucano.

Aloysio Nunes também rebateu a presidente afastada Dilma Rousseff, que diz desprezar delatores. “Eu posso até desprezar delatores, mas não desprezo a delação, que pode ser um instrumento de prova”.

E prosseguiu:

“Lembremo-nos da delação de Delcídio do Amaral. Se é para dar crédito a gravações, vamos dar crédito também a uma gravação, que foi feita por alguém ligado ao senador Delcídio, de uma conversa do [ex-] ministro [da Educação] Mercadante [Aloizio] extremamente comprometedora nessa área de obstrução da Justiça”, ressaltou.

O tucano contestou ainda a proposta apresentada pelo deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), que inviabiliza delação premiada de preso. “Pois quem apresentou esse projeto de lei foi um dos mais destacados petistas da Câmara dos Deputados. Está lá na Câmara. Não veio de um de nós do PSDB”.

 

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