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Aloysio critica Mantega por adiar airbags e freios ABS

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP) criticou a proposta do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de adiar por um ou dois anos a exigência de todos os carros produzidos no Brasil saírem da fábrica com airbags e freios ABS. Ele disse esperar que a presidente Dilma Rousseff rejeite e ideia.

A obrigatoriedade deve entrar em vigor em janeiro de 2014, conforme duas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de 2009 que regulamentam a Lei 11.910/2009. Mas, segundo Mantega, o cumprimento dessas normas resultaria em um aumento de preço variável entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil para cada carro novo, com efeitos negativos sobre a inflação. Existiria outro entrave: de acordo com a indústria automotiva as linhas de produção da Kombi, do Gol G4 e do Uno Mille podem ser interrompidas, devido à dificuldade técnica para adotar a medida. Nesse caso, 8 mil empregos ficariam ameaçados.

Aloysio Nunes argumentou, durante pronunciamento feito na segunda-feira (16), que desde a publicação da lei, várias empresas foram criadas no Brasil para aumentar a disponibilidade desses itens de segurança e estão prontas para entrar em produção.

O tucano condena o que considera uma forma de controlar a inflação a partir do represamento dos preços, porque, na opinião dele, o preço da economia poderá ser pago em vidas.

“Veja, o ministro expõe um dilema que não deveria existir na cabeça de um governante responsável, no momento da tomada de uma decisão. Ele coloca nos dois pratos de uma balança dois valores: de um lado, a vida, a segurança das pessoas; de outro lado, o preço dos automóveis”, criticou.

Aloysio Nunes baseia-se em estudo do Centro de Experimentação e Segurança Viária segundo o qual, se todos os veículos brasileiros possuíssem airbag, seriam evitadas, por ano, cerca de 500 mortes e 10.100 ferimentos. O senador ainda questiona quanto o país gasta com atendimento de vítimas de acidentes de trânsito.

Do Portal do PSDB Nacional

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