Brasília – O senador Aloysio Nunes (SP), eleito novo líder do PSDB no Senado, afirmou que sua atuação no comando da bancada tucana será marcada por críticas às falhas cometidas pelo governo federal.
“A população nos conferiu o papel de oposição, e nós vamos exercê-lo. Dentro das atribuições de senador, vou malhar o governo federal todo dia, como fazia meu antecessor na liderança, Alvaro Dias (PR). Nossa bancada defende uma oposição que cobre, que vigie. Mostramos as falhas do governo e apresentamos uma alternativa política. O principal objetivo é eleger um presidente da República que seja do PSDB”, declarou o parlamentar. Criticou ainda a eleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado: “foi uma união entre PT e PMDB, na qual Dilma foi a casamenteira”.
Segundo Aloysio, a legenda tem o dever de mostrar à população “que o rei está nu”. O senador elenca uma série de equívocos da gestão petista que, se não sanados, trarão graves impactos ao cotidiano das pessoas, , em especial, às camadas mais carentes da sociedade.
“O governo federal não se planeja e investe mal o dinheiro. A cada ano ficamos impressionados com a incapacidade de executar o orçamento. Por causa desses baixos investimentos, ficamos sem novas estradas, portos, escolas e hospitais. O Brasil deixa de crescer e a inflação volta a assustar. As famílias já estão sentindo o aumento do preço dos alimentos”, ressaltou.
Ele acrescentou que, além de questões gerenciais, a oposição criticará o viés autoritário demonstrado pelos petistas em muitas ocasiões. Aloysio lembrou que o partido de Dilma Rousseff defendeu o controle da imprensa em diversas oportunidades, algo que é condenado pelo PSDB.
Metas – O tucano disse que a principal prioridade do partido para os próximos anos deve ser a aproximação da legenda com os cidadãos em geral. “Devemos ter ouvidos e antenas bem atentos. Temos que saber o que a população espera. Precisamos interagir com os jovens, com quem quer entrar na política e busca uma alternativa”, declarou.
Aloysio Nunes está em seu primeiro mandato como senador. Foi eleito para o cargo em 2010, com mais de 11 milhões de votos, recordista de votos no estado. Foi ministro da Justiça e da Secretaria Geral da Presidência da República durante o governo Fernando Henrique Cardoso, e exerceu também mandatos de deputado federal e estadual e a titularidade de secretarias de Estado.