Sob protestos do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), a Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) da Casa aprovou nesta terça-feira (26) o requerimento de Fernando Collor (PTB-AL) que convida o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a prestar esclarecimentos sobre eventuais irregularidades em processo licitatório para a compra de 1.226 tablets pelo Ministério Público da União.
O líder tucano sugeriu o adiamento da apreciação do requerimento. Pediu ao presidente da CMA, Blairo Maggi (PR-MT), que, antes da votação do requerimento, a Comissão aguardasse a conclusão das diligências já solicitadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) junto à Procuradoria Geral da República para apurar possíveis irregularidades na compra desses equipamentos.
“Se depois de realizada essa auditoria, ainda houver pontos obscuros, creio que seria oportuno convite ao procurador-geral da República”, ponderou Aloysio Nunes.
Mas Collor insistiu e seu requerimento foi aprovado. Como é um convite, Gurgel não é obrigado a comparecer. Por solicitação do senador do PTB, o plenário do Senado já aprovou um pedido para o TCU investigar a compra desses tablets. Ele defende publicamente o impeachment do procurador-geral da República desde a CPI do Cachoeira e o critica em discursos quase semanais.
PGR nega irregularidades
Em nota, a Procuradoria Geral da República negou irregularidades na compra dos tablets, acrescentando que optou pelo iPad 3, da Apple, porque a Lei de Licitações permite. “Durante todo o processo licitatório não foi registrado qualquer pedido de esclarecimento ou impugnação. O certame teve ampla competitividade, contando com mais de 20 participantes”, diz a nota.
Da assessoria de imprensa do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
