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Alvaro Dias anuncia requerimento para ouvir explicações de Guido Mantega sobre “mágica contábil” do governo

“O grande e carismático comunicador Chacrinha tinha um bordão muito original: eu não vim pra explicar, vim para confundir. No contexto dos nossos dias, nos desencontros das declarações oficias em matéria de política macroeconômica, a máxima do Chacrinha se encaixa como uma luva para caracterizar as mais recentes declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega”. A afirmação foi feita pelo senador Alvaro Dias, nesta segunda-feira (25/02), ao anunciar no Plenário a apresentação de requerimento para que o ministro Mantega seja ouvido pela Comissão de Assuntos Econômicos, com objetivo de explicar, entre outras coisas, a mágica contábil que o governo adota para mascarar a realidade fiscal do país.

“Por seu otimismo delirante e muitas vezes irresponsável, Guido Mantega já virou motivo de piada em salões internacionais. A imprensa estrangeira especializada já lhe taxou a pecha de rei do jeitinho, em alusão às manobras contábeis de que o governo petista passou a lançar mão para fechar as contas públicas”, disse o senador tucano.

Alvaro Dias destacou a última edição da revista Época que, em matéria de capa, registra o enfraquecimento da economia e a fuga de investidores do Brasil.” Não é uma capa que gostamos de ver. Não é o que desejamos para o país, mas é a realidade”, lamentou . Segundo Alvaro Dias,os desencontros do governo disseminam nervosismo no mercado e minam a confiança no Brasil. “Não se conhecem as armas que a gestão petista quer usar, mas há uma certeza: eles não sabem o que fazem”, disse.

Alvaro Dias ainda lamentou que as previsões sobre o crescimento econômico venham sendo revistas para a baixo. Para o senador, o governo está assustado com a alta da inflação e as perspectivas econômicas “são sombrias”. Alvaro Dias disse que o “arsenal de pirotecnias” do governo não tem sido eficiente para alavancar a economia brasileira. Ele ainda registrou que Mantega tem sido motivo de “pilhéria” nos fóruns mundiais de economia. ” Não é aceitável ter um ministro da Fazenda que não saiba sair desta situação”, concluiu.

Mais preocupante do que ser ridicularizado no exterior, as declarações desencontradas do ministro da Fazenda, para o senador Alvaro Dias, evidenciam que o governo Dilma está mais assustado do que gostaria de transparecer em relação ao descontrole inflacionário. O senador tucano também afirmou que as palavras de Mantega deixam patente que “as perspectivas da economia são mais sombrias do que vem sendo dito”, e que o arsenal de medidas tomadas nos últimos tempos “não foram suficientes para dar conta dos problemas de condução da política monetária, mais especialmente em relação à escalada dos preços”.

“A consequência imediata da má condução dos assuntos da economia pelos petistas é a perda de credibilidade da política econômica brasileira. Ato contínuo, arrefece também o ânimo dos empreendedores privados em acreditar no Brasil. Consequentemente, sem investimentos, o país tende a manter-se estagnado como esteve nestes dois últimos anos”, reforçou o senador Alvaro Dias.

O requerimento apresentado pelo senador tucano deve ser votado a partir da próxima semana, já que a sessão da Comissão de Assuntos Econômicos agendada para esta terça-feira (26) tem como pauta a eleição do presidente e vice do colegiado.

Requerimento

Ainda no Plenário, o senador Alvaro Dias apresentou requerimento de voto de pesar em virtude do falecimento, na última quinta-feira (21/02), do jornalista paranaense Mussa José Assis. O senador lembrou que quando governou o Estado do Paraná, entre os anos de 87 e 91, o jornalista foi seu secretário de Comunicação. Considerado um dos melhores e mais experientes jornalistas do País, Mussa foi diretor dos jornais “O Estado do Paraná” e “Tribuna do Paraná”, trabalhou na Última Hora de Samuel Wainer, no Estado de São Paulo e foi o responsável pela criação do jornal Correio de Notícias. Ele estava internado por causa de complicações de um enfisema.

“O Mussa, dos quase 70 anos que viveu, dedicou mais de 50 àquilo que ele, modestamente, definia como a única coisa que aprendeu na vida: fazer jornal. Na verdade, ele também se revelou um mestre em outra arte: a de fazer jornalistas. Lecionando jornalismo – atividade que também exerceu – ou identificando e estimulando jovens talentos nas redações pelas quais passou, Mussa Assis formou ou ajudou a modelar algumas gerações de profissionais de primeira linha, que hoje ocupam posições de destaque na mídia nacional. A nossa solidariedade à família, aos amigos; os nossos sinceros pêsames, especialmente à D. Guiomar e aos seis filhos: o Francisco, o Marcelo, o Rodrigo, a Érika, a Fernanda e o Cláudio. A nossa homenagem póstuma a esse inesquecível jornalista, Mussa José Assis”, disse o senador Alvaro Dias no Plenário.

Da Liderança do PSDB no Senado

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