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Aníbal define a MP 579 como “maior desastre do governo Dilma”

O deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) declarou que considera a Medida Provisória 579, apresentada pela Presidência da República em 2012, “o maior desastre do governo Dilma”.  Segundo ele, as perdas foram observadas nas distribuidoras de energia e também nos setores  sucroenergético e o petroleiro. O objetivo do governo com a MP foi baratear os custos da eletricidade aos consumidores finais, mas a medida não foi negociada com os distribuidores estaduais, o que criou prejuízos em cadeia.

“Eles produziram um documento que trouxe confusão ao setor, criou uma grande anomalia e, além de tudo, mostraram a falta de vontade de conversar que há no governo federal”, disse Aníbal, que até março ocupava o cargo de secretário de Energia do estado de São Paulo, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

O deputado participou do seminário “A crise energética brasileira: realidade e perspectivas”, promovido nesta quarta-feira (8), em Brasília, pelo Instituto Teotônio Vilela (ITV), entidade de estudos do PSDB.

Estiveram também no encontro o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves, o presidente interino do ITV, Luiz Paulo Vellozo Lucas, a presidente do ITV-RJ, Elena Landau, deputados federais e senadores tucanos, e outras lideranças da legenda.

Populismo
Aníbal criticou a visão de integrantes do governo federal que resistem ao reajuste dos controles dos preços de eletricidade e de gasolina mesmo quando essas medidas são necessárias à saúde financeira das estatais.

“Eles dizem: ‘O povo não irá compreender isso’. Eles acham que o povo é bobo? Que irá aceitar a quebra de companhias de primeira importância para a população? De modo algum”, ressaltou o tucano referindo-se aos integrantes do governo.

Também em relação ao diálogo com a população, Aníbal disse que o ideal ao governo no momento atual seria pedir a redução do consumo – mas “falta humildade” ao Planalto para reconhecer isso, para o tucano. Segundo Aníbal, a situação é resultado da falta de investimentos consistentes no setor por parte do governo federal nos últimos 10 anos.

Planejamento
O deputado federal apresentou críticas à atuação no governo federal no setor. Aníbal relatou que, como secretário de Energia em São Paulo, teve uma série de dificuldades nas negociações com membros do Planalto, justamente pela falta de interesse em negociações adequadas.

Aníbal acrescentou que a falta de capacitação dos gestores que hoje conduz a energia no plano federal criou poucos ganhos até em situações que, em tese, proporcionariam lucros com facilidade.

“O campo de Libra foi decantado como sendo a maior reserva de petróleo do mundo, uma grande fonte de riquezas. Mas o bônus pago pelas compradoras foi menor do que o pago pelas companhias que obtiveram a concessão do Aeroporto do Galeão”, lamentou.

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