A confiança da indústria recuou 0,2% em junho na comparação com o mês anterior, ao passar de 103,4 pontos para 103,2 pontos. Foi a primeira queda do ano, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo o levantamento, a diminuição da confiança foi influenciada pela piora das expectativas em relação aos meses seguintes.
Eduardo Anizelli – 16.set.11/Folhapress |
Funcionário de indústria, em Francisco Morato (Grande SP), durante processo de produção de peças de alumínio |
O IE (Índice de Expectativas) caiu 1,4%, de 103,4 para 102,0 pontos. No sentido contrário, o ISA (Índice da Situação Atual) avançou 0,9%, ao passar de 103,5 para 104,4 pontos, alcançando seu maior valor desde julho de 2011 (107,4).
“O resultado geral sinaliza que a recuperação do nível de atividade do setor perdeu fôlego ao longo do segundo trimestre e que a indústria inicia o segundo semestre ainda em ritmo lento”, informa a FGV.
De acordo com a FGV, as perspectivas para a situação dos negócios no horizonte de seis meses tornaram-se menos favoráveis. Esse indicador recuou 4,1%, ao passar de 144,6 para 138,7 pontos, a primeira queda no ano.
Neste mês, 8,9% das 1.180 empresas consultadas preveem piora do ambiente dos negócios, contra 6,1% em maio. Já a parcela das que esperam melhora dos negócios diminuiu de 50,7% para 47,6%.
O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) da indústria, que reflete o uso de máquinas e equipamentos, sofreu leve queda de 0,2 ponto percentual, passando para 83,8% em junho, patamar idêntico à média histórica recente.