A queda do investimento federal em infraestrutura pode ter efeitos progressivamente danosos para a sociedade. Essa é a avaliação do deputado federal Carlos Roberto (PSDB-SP) sobre o recuo de 5% dos aportes no setor entre janeiro e junho, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Enquanto isso, as despesas do governo com custeio fizeram o caminho oposto: aumentaram 16,3%. As informações são do jornal Valor Econômico (9).
“Se você analisar apenas pelos números, vai ter uma relação aritmética, mas a economia está estagnada, a cadeia produtiva está sofrendo. O reflexo disso é porque você não recupera mais esse tempo perdido. Será um déficit real daquilo que a população poderia estar avançando, em emprego e renda”, avalia.
A publicação revela que, segundo um levantamento feito pelo pesquisador Gabriel Leal de Barros, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o investimento dos ministérios relacionados à infraestrutura recuaram 10,2% no primeiro semestre, em comparação aos seis primeiros meses do ano passado.
Já a execução de grandes obras, que chegou a representar 47,1% do total investido pelo governo federal entre janeiro e junho de 2010, caiu para 31% neste ano.
Para o parlamentar, integrante da comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, os investimentos federais estão estagnados em função da dificuldade que a administração petista tem em gerenciar o dinheiro público.
“Temos que repensar o Brasil. O governo não tem visão de gestão de forma produtiva, está muito mais preocupado com seu projeto de poder, no que diz respeito ao favorecimento de pessoas, ao invés de realmente criar oportunidades no mercado”, considera.
“Enquanto outros países estão aumentando a qualidade dos seus serviços, investindo no setor de pesquisa e estimulando o desenvolvimento, o Brasil ainda está patinando em projetos de infraestrutura, lidando com uma questão tributária que é uma verdadeira colcha de retalhos”, lamenta.
Do PSDB Nacional
